Estudantes seguem ocupando a E. E. Martin Egídio Damy, na Brasilândia, zona norte da capital, nesta terça-feira (17)
Renato Ribeiro Silva/ Futura Press/ Estadão ConteúdoUma semana após o início de movimentos de ocupação de escolas em São Paulo, o secretário da educação do Estado, Herman Voorwald, confirmou a ocupação de cerca de 30 escolas da rede estadual de ensino e declarou que as reintegrações dos prédios ocupados é algo inevitável.
— Não há outro caminho. Tenho que garantir o patrimônio público, mas vou dialogar até o limite. Sou contra a violência e estamos falando de educação.
Voorwald afirmou ainda que vai tentar dialogar ao máximo com todas as escolas para garantir uma desocupação pacífica dos prédios. Ele deu como exemplo um acordo realizado nesta terça-feira (17) com alunos da Escola Estadual Diadema, no centro de Diadema, região do ABCD Paulista. Segundo ele, os estudantes irão deixar o prédio até as 14h de quarta-feira (18) e irão enviar uma lista de demandas para que ele mesmo analise.
O secretário também criticou a participação de movimentos que não são ligados à educação no que ele chamou de "invasão de escolas públicas", mas disse apoiar os alunos.
— A fala do estudante, o gostar da escola é exatamente o que faltava na educação básica, faltava participação dos estudantes. Esse é um movimento que eu respeito. O que não concordo é quando tem participação de entidades que não tem como questão a educação.
Na coletiva de imprensa realizado nesta terça-feira em São Paulo, o secretário anunciou que uma resolução será publicada no Diário Oficial de quarta-feira garantindo os 200 dias letivos para a conclusão do ano dos estudantes que estão sem aula neste período de manifestação.
Reestruturação da rede
A reorganização do ensino estadual foi anunciada pelo governo de Geraldo Alckmin em setembro. Desde então, alunos, pais e professores protestam contra algumas mudanças que irão ocorrer na rede como o fechamento de 94 unidades escolares. Apesar das críticas e das diversas manifestações que ocorreram em São Paulo, o secretário disse que há alunos satisfeitos com o ensino público.
— Há estudantes e pais satisfeitos. Temos que entender o que está por trás disso [protestos contra a reorganização]. Quero entender as demandas e críticas.
Voorwald disse, ainda, que todo o projeto de reorganização foi discutido com os envolvidos e quando questionado sobre a possibilidade de adiar a reforma por causa das ocupações e manifestações, demonstrou que não há mais volta.
— Política pública.
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