O serviço do Disque Trote da USP (Universidade de São Paulo) registrou um aumento no número de ligações recebidas em relação ao ano passado, passando de 55 para 187 telefonemas. O número de denúncias também subiu, de 6, em 2014, para 16 neste ano. Os dados são do balanço da universidade sobre os atendimentos às vítimas durante a recepção de calouros em fevereiro.
O teor das denúncias girou em torno de casos de assédio moral, de consumo de bebidas alcoólicas em festas externas aos campi e de calouros em semáforos arrecadando dinheiro junto aos motoristas.
Em entrevista para o portal da USP, Antonio Carlos Hernande, pró-reitor de Graduação, avaliou positivamente a divulgação dos canais de contato.
— As informações foram disponibilizadas de modo a garantir aos calouros e às famílias o conhecimento prévio sobre o Disque Trote, como localizar a Unidade em que o aluno iria se matricular e as demais atividades da USP.
Segundo o pró-reitor, em 2015, a campanha foi intensificada e contou com o apoio dos diretores das Unidades de Ensino e Pesquisa e dos prefeitos dos campi.
— Com todos esses esforços conjugados, oferecemos aos calouros e à comunidade meios para procurarem os canais oficiais para fazer contatos, tirar dúvidas e registrar denúncias.
Disquei Trote
O Disque Trote (0800-012-10-90) foi criado em 2000, com o propósito de receber denúncias de trotes abusivos ocorridos nos campi da USP.
Neste ano, o serviço teve início no dia 12 de fevereiro, na mesma data da matrícula presencial para os candidatos aprovados na primeira, segunda e terceira chamadas do vestibular da Fuvest, e funcionou por trinta dias.
Além do atendimento por telefone e pelo e-mail disquetrote@usp.br, em 2015, as denúncias também puderam ser feitas por um chat, disponível no site do Manual do Calouro.
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