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Haddad diz que pretende ampliar bico oficial de PMs

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Para o candidato, ação não pode ficar restrita à fiscalização de ambulantes irregulares

Filippo Cecilio, do R7

Após ser abordado por um eleitor que disse que só lhe entregaria seu voto em troca do fim da Operação Delegada na cidade de São Paulo, o candidato do PT à prefeitura, Fernando Haddad, disse que em sua avaliação a operação é positiva e que deve inclusive ser estendida.

Haddad visitou nesta sexta-feira (27) o entorno da Rua 25 de Março, local de grande concentração de ambulantes e principal foco da operação. Para o petista, ela não pode ficar restrita às suas atribuições atuais de combate ao comércio irregular.

— No momento em que estamos vivendo uma situação de violência na cidade, devíamos sentar à mesa com o governo do Estado e repensar as atividades para garantir a segurança da população.

A Operação Delegada teve início em 2009 e é o "bico oficial" de policiais militares que trabalham para a prefeitura nas horas vagas. Dados da Secretaria de Coordenação das Subprefeituras indicam que cerca de 15 mil ambulantes foram banidos das ruas, principalmente na região central, graças à atuação desses policiais.

Haddad disse que é possível encontrar formas alternativas de organização para a questão:

— Meu pai teve loja aqui por quase 20 anos, de 1981 a 1998, e convivi com o comércio aqui o tempo todo. Há formas alternativas de organização para não impedir as pessoas de trabalharem. Penso que o respeito à população que busca formas alternativas de renda e emprego, a gente deva considerar. Falo isso como ex-comerciante, que acha que a calçada é para pedestre, que o lojista tem seu direito, mas entende que há um terceiro componente da cidade que merece consideração.

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Para o petista, a saída passa por organizar os shoppings e feiras que concentrem esses ambulantes.

— Há uma forma inteligente de dialogar com esse setor. Quem quer trabalhar tem que ter apoio da prefeitura.

Desde 2005, a prefeitura restringiu de maneira significativa o número de autorizações para vendedores ambulantes. Atualmente o município não emite novos TPUs (Termos de Permissão de Uso) e revogou cerca de mil licenças nos últimos quatro anos.

Pacto de não agressãoO candidato adotou um tom polido para se referir ao encontro da presidente Dilma Rousseff com o presidente do PRB, Marcos Pereira, na última quinta-feira (26), em Londres.

Na ocasião, Dilma cobrou do partido lealdade à composição que sustenta o governo federal nas disputas municipais. Nos últimos dias circulavam notícias de que o candidato do PRB, Celso Russomanno, e do PSDB, José Serra, firmaram um pacto de não agressão na campanha.

Para Haddad, foi o PRB quem procurou a presidente para esclarecer a situação:

— O PRB fez questão de levar ao conhecimento dela de que aqueles rumores não procediam. Eu mesmo estranhei muito, porque imagino que o candidato Russomanno queira se colocar como o candidato da mudança. Cerca de 80% da população paulistana está pedindo uma mudança de rumo na cidade, e espero que a melhor proposta de mudança ganhe as eleições.

 Haddad disse ainda que acredita em um apoio de Russomanno à sua candidatora num eventual segundo turno:

— Penso que a base aliada do governo Dilma estará reunida no segundo turno.

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