Aécio participou no último domingo de debate da Rede Record
Eduardo Enomoto/ 28.9.14/ R7A uma semana do primeiro turno das eleições presidenciais, e com as pesquisas indicando o favoritismo de Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB), o tucano Aécio Neves já começa a ser sondado por emissários da ex-senadora em busca de apoio para a disputa do segundo turno.
A aproximação dos marineiros — capitaneada por Walter Feldman, que durante mais de 20 anos foi do PSDB e hoje coordena a campanha de Marina, e pelo vereador paulistano Ricardo Young (PSB) — irritou Aécio, que ameaçou expulsar da campanha qualquer correligionário que comece a discutir os termos de uma eventual aliança.
“Quem falar de segundo turno está fora da campanha. Acreditamos sinceramente que estaremos no segundo turno. Fazer esse tipo de aproximação é um tiro na nossa candidatura”, disse Andrea Matarazzo, um dos coordenadores da campanha do PSDB.
Leia mais notícias de Eleições
Nas últimas pesquisas de intenção de voto divulgadas, a diferença entre Aécio e Marina varia entre 5% e 9%, o que renovou o ânimo do senador, que vem penando para se manter como alternativa viável na disputa.
Na avaliação dos tucanos, independente do resultado das urnas, um movimento na direção de Marina seria prejudicial ao partido no longo prazo, pois passaria ao eleitorado uma mensagem de derrota antecipada.
Além disso, o partido entende que declarar apoio á candidata do PSB, mesmo que seja somente para tirar o PT do poder, pode desgastar a imagem de Aécio, presidente nacional dos tucanos e principal aposta do partido para voltar ao poder, seja agora, seja em 2018.
Ao longo da campanha, o senador mineiro tem feito duras críticas ao projeto de Marina. O temor é que, ao se aliar a ela, acabe sendo pego em contradição.
“Precisa ver essa composição, mas acho muito difícil um entendimento e um eventual apoio à Marina, já que Aécio está há dois meses batendo nela. Como explicamos isso para o nosso eleitor depois?”, finalizou Matarazzo.