O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, arquivou parte da representação contra o candidato à Presidência, Aécio Neves (PSDB). O PT pedia que fossem investigados crimes de peculato, prevaricação, emprego irregular de verbas públicas, expor aeronave a perigo e improbidade administrativa, em relação à construção e uso do aeroporto de Cláudio (MG).
Segundo a PGR (Procuradoria Geral da República), o arquivamento “se deu por inexistência de elementos que justificassem a deflagração de investigação criminal”. A investigação de eventuais irregularidades na área cível caberá à Procuradoria da República em Minas Gerais.
Os procuradores vão apurar se o aeroporto foi utilizado sem homologação e registro da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e se as chaves do aeroporto foram mantidas nas mãos de particulares. Não há prazo para o inquérito ser concluído.
O governo de Minas Gerais — durante o segundo mandato do tucano — gastou quase R$ 14 milhões para construir o aeroporto dentro de um terreno desapropriado da fazenda de um tio-avô de Aécio. A campanha dele admitiu, no fim de julho, que o candidato usou o aeródromo, mesmo sem homologação.