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Após trégua entre Aécio e Dilma na Justiça, ataques voltam às rádios

Equipes das duas campanhas formalizaram acordo por programas propositivos

Eleições 2014|

Programas eleitorais são marcados por ataques no segundo turno
Programas eleitorais são marcados por ataques no segundo turno Programas eleitorais são marcados por ataques no segundo turno

No dia seguinte ao acordo entre as campanhas dos presidenciáveis por uma trégua no horário eleitoral, a propaganda de Dilma Rousseff (PT) na rádio manteve ataques ao adversário Aécio Neves, no programa veiculado na manhã desta quinta-feira (23). A campanha petista reproduziu notícias sobre repasses de recursos a rádios da família do tucano e lembrou o episódio em que foi flagrado com a carteira de habilitação vencida.

O trecho com as provocações apareceu nos minutos finais do programa petista. "Pessoal, vocês souberam da última? O Ministério Público está investigando os repasses de dinheiro que o Aécio fez para as rádios da família dele quando ele era governador de Minas", afirmou um dos locutores. "Que coisa feia, hein?", emendou outro locutor.

O programa disse usar como fonte uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo sobre o caso. A investigação, no entanto, foi iniciada em 2012 para apurar repasses feitos pelo governo do Estado à Rádio Arco-Íris entre 2003 e 2010, época em que o tucano comandou o Executivo mineiro.

A abertura do inquérito foi publicada pelo jornal em 2012. Na ocasião, Aécio afirmou que os repasses eram legítimos e feitos igualmente entre outras emissoras mineiras. O inquérito foi encerrado no mesmo ano porque, segundo o então procurador-geral Alceu José Torres Marques, não foram encontradas irregularidades. Em abril, Marques foi nomeado secretário de Meio Ambiente em Minas.

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Ao mencionar a investigação, a campanha petista destacou ainda que o vínculo de Aécio com a rádio tornou-se público quando o tucano "foi pego dirigindo com a habilitação vencida". A apreensão do documento ocorreu em 2011, quando o então senador se recusou a fazer o teste do bafômetro em uma blitz. O tucano usava um carro comprado em nome da emissora. A recusa do bafômetro chegou a ser explorada pela campanha petista em propagandas e foi uma das peças suspensas pela Justiça Eleitoral nos últimos dias.

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No programa desta quinta (23), o PT só fez referência à apreensão da CNH, sem mencionar o teste. O episódio foi relembrado pelo próprio candidato durante o debate do SBT, na semana passada, quando ele confirmou ter se recusado a fazer o teste por estar com a carteira vencida.

A relação entre Aécio e rádios mineiras voltou à campanha eleitoral deste ano depois de uma reportagem da Folha de S.Paulo, publicada na semana passada, afirmar que o governo mineiro não informou as despesas com publicidade oficial a veículos de comunicação controlados pela família do candidato tucano. Aécio evitou comentar o caso e disse que as explicações deveriam ser feitas pelo atual governo.

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Trégua

Os novos ataques ao adversário são reproduzidos um dia depois de as equipes de Dilma e Aécio formalizarem um acordo para fazer uma campanha mais "propositiva". Na noite desta quarta-feira (22), as coligações desistiram de todas as ações protocoladas com pedidos de suspensão de propagandas.

O recuo foi uma reação às seguidas punições aplicadas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) às duas campanhas. Em dois dias, Dilma perdeu 5min50s e Aécio, 2min30 em razão da troca de ataques considerados excessivos pelo TSE. O acordo foi anunciado pelo tribunal por volta das 20h de quarta. De acordo com a norma eleitoral, os programas de rádio a serem veiculados às 7h devem ser enviados pelas campanhas até as 22h do dia anterior.

Críticas

A despeito do acordo pelo fim dos ataques, as críticas mútuas continuaram presentes no horário eleitoral da manhã desta quinta-feira (23). Dilma reproduziu trechos do programa exibido na noite de ontem em que afirma que seu adversário só a critica e não apresenta "propostas concretas".

A propaganda tucana fez um programa dedicado a pedir votos e apoio da militância, mas contendo ironias contra o atual governo. "Dilma você é ruim de serviço, faz tempo que reclamo disso", dizia um jingle.

A campanha ainda repetiu declarações de Aécio em que ele reclama dos ataques feitos pela adversária e pela veiculação de "mentiras" contra ele. A participação de Marina Silva (PSB), exibida no horário eleitoral da TV, também foi reaproveitada, com destaque para o trecho em que a ex-ministra acusa a petista de adotar uma "estratégia destrutiva" na campanha.

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