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Atuação será protocolar, diz analista sobre 1º debate

Encontro entre candidatos à Presidência da República ocorre na noite desta terça-feira

Eleições 2014|

Debate ocorre no mesmo dia em que nova pesquisa Ibope de intenções de votos será divulgada
Debate ocorre no mesmo dia em que nova pesquisa Ibope de intenções de votos será divulgada Debate ocorre no mesmo dia em que nova pesquisa Ibope de intenções de votos será divulgada

O debate da noite desta terça-feira (26), entre os presidenciáveis na TV Bandeirantes terá candidatos em momentos diferentes na campanha. Dilma Rousseff e Aécio Neves, que participará de seu primeiro debate, tentarão encontrar a melhor maneira de lidar com o crescimento de Marina Silva, que substituiu Eduardo Campos e mais que dobrou as intenções de voto da chapa do PSB.

— Vai entrar todo mundo olhando para a pesquisa Ibope. Eles já têm prévia, já traçaram estratégia. A minha expectativa é de atuações muito protocolares — prevê o professor da Universidade Federal do ABC Vitor Marchetti.

A possível cautela dos presidenciáveis, segundo Marchetti, se dá pela situação momentânea de equilíbrio, com Dilma e Aécio estagnados e somente Marina crescendo. Na visão dele, o quadro seria diferente caso fosse Eduardo Campos o candidato do PSB.

— O Campos era um candidato que estava com um porcentual muito baixo, precisaria arriscar mais no debate para mostrar que representava mudança. A situação da Marina é diferente.

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O professor lembra que Campos tinha cerca de 10% das intenções de voto e Marina alcançou 21% no último levantamento do Datafolha.

Dilma e Lula se encontram em SP antes de debate na TV 

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Marina Silva deve ser “alvo” de adversários em primeiro debate presidencial

Na opinião do cientista político, mesmo que a pesquisa de hoje aponte um novo crescimento de Marina, Dilma e Aécio devem esperar mais um pouco para ver a consistência da candidatura do PSB antes de fazerem ataques mais diretos.

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— Mesmo com a eleição se aproximando, ainda é muito cedo. Talvez mais uns 15, 20 dias de campanha isso comece a acontecer. Eleitor não gosta de candidato que bate.

Empatado tecnicamente com a candidata do PSB na última pesquisa Datafolha, Aécio Neves fará sua estreia em debates. Nas duas vezes em que disputou e venceu as eleições para o governo de Minas Gerais, faltou aos embates com concorrentes.

— A tendência é haver uma polarização entre Aécio e Marina num primeiro momento. Mas não acho que ele vai partir para esse jogo ainda. As candidaturas ainda estão esperando para ver o que é a Marina de fato — aposta Marchetti.

Depois de muitas dúvidas sobre sua performance em 2010, Dilma Rousseff chega para este debate depois de governar o País por quatro anos.

— Por mais que não se destaque pela oratória, a Dilma tem uma bagagem de conhecimento de Brasil — pondera o especialista em marketing político Sidney Kuntz.

Para ele, em um debate não é importante somente o que um candidato diz, mas também a maneira como se porta.

— A Dilma está com a aparência pesada, não parece mais aquela mãezona de início de governo — alerta, dizendo que as redes sociais serão uma maneira de medir o desempenho de cada um no debate.

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Reportagem da edição de hoje do jornal O Estado de S. Paulo revela que Marina Silva apostará em um tom conciliador ao enfrentar seus principais adversários. O discurso de que governará com os melhores de cada partido não é novo e era usado por Eduardo Campos. Esta semana, pessoas ligadas à campanha de Marina, como o presidente do PSB Roberto Amaral e o economista Eduardo Gianetti repetiram o tom. Gianetti disse inclusive que a ex-senadora pretendia negociar com Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.

Depois do primeiro crescimento da candidata do PSB, tanto tucanos como petistas, inclusive a presidente Dilma Rousseff, já deram declarações insinuando que Marina Silva não tem experiência gerencial. A ex-senadora não foi prefeita ou governadora.

— O argumento da inexperiência pode ser facilmente desconstruído. O Lula nunca tinha sido nem ministro quando ganhou a eleição — lembra Kuntz, que cita ainda os casos de Dilma e FHC, que estrearam como chefes do Executivo na Presidência da República.

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