A cúpula do PSB cancelou, nesta terça-feira (19), a reunião que faria na sede do partido em Brasília para debater o nome do novo vice na chapa que vai disputar a presidência da República. Os dirigentes vão participar da missa de sétimo dia de Eduardo Campos, que acontece nesta noite no Recife-PE.
O presidente nacional do partido, Roberto Amaral, o primeiro secretário da legenda, Carlos Siqueira, e o líder do PSB na Câmara, deputado Beto Albuquerque (RS), vão participar das homenagens. Por isso, o encontro na capital federal foi cancelado.
Viúva de Campos como vice de Marina é melhor estratégia para PSB, dizem especialistas
No entanto, a reunião desta quarta-feira (20) está mantida. A previsão é de que às 15h, o partido faça o anúncio oficial da nova chapa que vai disputar a presidência da República pela legenda.
Novo vice
O mais cotado para compor a chapa com Marina Silva é o deputado Beto Albuquerque. No entanto, nos bastidores a informação é de que a viúva de Eduardo, Renata Campos tem prioridade se aceitar ser a vice de Marina.
O contato com a família de Eduardo Campos durante a missa desta terça-feira também deve servir para pegar a palavra final de Renata. De acordo com a senadora Lídice da Mata (PSB-MA), a discussão sobre o vice ainda está em aberto. A única certeza, segundo ela, é de que Marina será a cabeça da chapa.
— Nem é necessário concordância [com o legado de Eduardo Campos]. A postura de Marina já é uma concordância.
Tom de candidata
Apesar de ainda não ter sido oficializada como substituta de Campos como candidata do PSB à Presidência da República, Marina já assumiu postura de quem pretende continuar a campanha política.
Após a missa de sétimo dia em intenção a Campos que foi realizada na Catedral de Brasília, nesta terça, Marina afirmou que todos precisam se apropriar dos valores do socialista e tentar concretizar os planos que Campos tinha para o País.
— Neste momento, nosso esforço, de todos nós, brasileiros, independentemente de partidos, é de que todo seu esforço, sua trajetória, sua insistência em renovar a política não seja tratada como uma herança, onde cada um pega um fragmento. Mas que seja tratado como um legado. Quanto mais pessoas puderem se apropriar dele maior ele fica, porque se multiplica.