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“Eu não acredito em ano de remédio amargo”, diz Dilma sobre economia em 2015

No entanto, presidente mostra preocupação com parceiros comerciais como China e Argentina

Eleições 2014|Carolina Martins, do R7, em Brasília

Presidente defende política econômica e diz que 2014 é "ano-crise"
Presidente defende política econômica e diz que 2014 é "ano-crise" Presidente defende política econômica e diz que 2014 é "ano-crise"

Em meio a números baixos do crescimento econômico do Brasil e entre críticas dos adversários políticos, a presidente Dilma Rousseff avalia que, independentemente de quem vencer as eleições, não será preciso implementar uma política de arrocho em 2015 para recuperar a economia.

Segundo a presidente, a economia está no caminho certo e o terreno está pronto para recuperar o PIB (Produto Interno Bruto) — conjunto de todas as riquezas produzidas no País.

— Eu não acredito em ano de remédio amargo. Nós seguramos a crise com salário, emprego e investimento. No Brasil, nós temos perspectivas de aumentar a taxa de investimento e não temos uma baixa produtividade do trabalho. A vantagem é que, se der uma fresta, a gente cresce, essa é a vantagem, porque eu não diminui o investimento.

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"Centro de todas as questões do meu próximo governo será a educação", diz Dilma ao Jornal da Record/R7

As declarações foram dadas em conversa com jornalistas, após entrevista concedida ao Jornal da Record e ao R7, nesta quinta-feira (18), no Palácio da Alvorada em Brasília. Apesar de acreditar na recuperação da economia, a presidente reconhece que dificuldades enfrentadas por parceiros comerciais importantes podem atrapalhar o desempenho econômico do Brasil.

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Demonstrando preocupação, Dilma Rousseff cita a crise da Argentina, a desaceleração do crescimento da China e as dificuldades no cenário político da Europa como fatores que podem interferir na recuperação da economia brasileira.

— O único motivo pelo qual podemos ainda ter uma situação de dificuldade é porque nós dependemos do resto do mundo. A crise é no mundo todo. Eu tenho um problema seríssimo na Argentina. E eu dependo da Argentina e da China. Se a China demolir, ela atinge o mundo inteiro.

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Assista à sabatina:

2014: acirramento da crise

De acordo com a presidente, a Argentina consome 80% dos produtos manufaturados brasileiros e a China é a grande consumidora de commodities. Na avaliação de Dilma, os dois países enfrentam dificuldades econômicas, assim como o resto do mundo, e isso será admitido por todos os críticos do governo após o período eleitoral.

— O que está acontecendo é que nós estamos em período eleitoral. Na hora que sair do período eleitoral, todo mundo vai ter de aceitar que o ano de 2014 teve um aprofundamento feroz da crise internacional.

A presidente avalia que 2014 será visto como um "ano-crise", assim como foi em 2009, após o colapso mundial de 2008 — gerada pela bolha imobiliária dos Estados Unidos. Segundo Dilma, se o cenário em 2015 continuar o mesmo, quem assumir a Presidência pode até usar a estratégia do arrocho, mas isso não beneficiará o Brasil.

— Nós não estamos em mundo ‘numa boa’. Em 2015, tem duas hipóteses, se continuar desse jeito. Ou nós continuamos defendendo emprego e salário, ou nós entregamos os pontos, entregamos o investimento, fazemos corte de salário e corte de emprego. Eis as duas formas. E ninguém vem me dizer que a outra [arrocho] dá certo. Mais do que a Europa fez não tem jeito. Faça um programa de austeridade maior que o da Europa e vê se dá certo.

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