Falando para uma plateia de mais de 600 empresários, nesta segunda-feira (22), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) fez duras críticas ao governo Dilma Rousseff e ao PT por conta das denúncias de corrupção envolvendo a Petrobras.
O tucano afirmou que acredita na honestidade de Dilma, mas que isso não a exime de ser cobrada pelo caso. Questionado se também acreditava na honestidade do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, FHC foi irônico.
— Não sou padre confessor. Ele tem que falar com Deus para se explicar melhor.
Para o ex-presidente, o País está assistindo a um "assalto aos cofres públicos".
— O que vemos é vergonhoso. E há responsáveis. Porque os donos do poder são responsáveis quando a corrupção é sistêmica. Não temos tido a energia de chamá-los assim. Não é possível que quem está no comando nunca tenha visto nada. Ou é incompetente ou conivente, e precisa ser cobrado.
Campanha
O tucano defendeu ainda que o PSDB precisa dramatizar a questão da Petrobras como forma de convencer o eleitorado a votar em Aécio Neves.
— É preciso mostrar com mais energia e indignação o que está acontecendo. Não haveria mensalão se não fosse o Roberto Jeferson, porque ele dramatizou. Em certos momentos tem que fazer isso para que a população sinta.
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FHC pediu ao empresariado que o ouvia especial empenho nessas últimas duas semanas de campanha.
— Uma eleição em dois turnos nos dá a oportunidade de votar com convicção. Depois pode votar no menos mal. Está na hora de nos mexermos. Eleição se ganha no dia.
Indagado se o PSDB poderia apoiar a ex-senadora Marina Silva em um segundo turno contra Dilma, o ex-presidente desconversou.
— Em eleição, cada passo é um passo. E o passo agora é Aécio.