Marina diz que mudança em programa "foi erro de processo" e avisa que "o pior é não assumir quando se comete erro"
Eduardo Enomoto/08.09.2014/R7Substituta de Eduardo Campos na disputa à Presidência da República, a candidata Marina Silva (PSB) afirmou nesta segunda-feira (8), em entrevista ao Jornal da Record/R7, que vai comandar o Brasil “negociando com os partidos” com base em uma “governabilidade programática”.
A candidata voltou a afirmar que quer “governar com os melhores de todos os partidos” e que “o problema é que [os melhores] estão no banco de reservas”.
— Eu fui ministra do Meio Ambiente, aprovei vários projetos de lei no Congresso, [...] aprovamos várias leis com o Congresso negociando, legitimamente, com os partidos, mas fazendo a mobilização para que eles se convencessem de que as propostas eram boas. É isso que nós vamos fazer.
Marina alfinetou o governo da presidente Dilma que, segundo ela, faz uma “governabilidade pragmática”.
— Essa maioria é artificial porque cada projeto que vai para o Congresso é um Deus nos acuda. É muita gente chantageando o governo pedindo mais um pedaço do Estado para poder votar projetos importantes. Essa governabilidade não pode continuar.
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A agora socialista — criadora da Rede Sustentabilidade, partido que não teve o registro autorizado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) — comentou também a mudança no seu programa de governo. Marina disse que “as correções são naturais”.
— O pior é não assumir quando se comete um erro. Foi um erro de processo. A equipe da coordenação do plano de governo fez as correções. Agora, é lamentável que exista uma cultura de que o político deve persistir no erro como fazem aqueles que estão me criticando.
Acompanhe a entrevista completa de Marina Silva: