O candidato à Presidência da República Aécio Neves (PSDB) disse nesta terça-feira (7) que se for eleito pretende governar em parceria com Fernando Pimentel (PT), petista que venceu a eleição para governador no primeiro turno sobre o PSDB em Minas.
Entre 2003 e 2008, Aécio foi governador de Minas enquanto Pimentel era prefeito de Belo Horizonte.
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Em entrevista à Rádio Itatiaia, o senador admitiu ser "um pouco estranho" ter ficado atrás da presidente Dilma Rousseff (PT) na preferência dos mineiros no primeiro turno (415 mil votos a menos), mas lembrou a boa relação com Pimentel de olho em uma possível articulação.
— Os mineiros fizeram uma opção em relação ao Governo do Estado e cabe a mim respeitar. Sempre tive um convívio republicano com o então prefeito Fernando Pimentel quando fui governador do Estado. Da minha parte essa será a tônica da nossa relação. Sempre tivemos inclusive uma relação de amizade. Estivemos em campos políticos opostos, mas jamais deixamos de nos respeitar.
Aécio revelou que desejou "enorme sucesso" a Pimentel durante um telefonema nesta semana e voltou a dizer que sua candidatura é "da mudança".
— Percebo que aconteceu no primeiro turno a vitória do sentimento de mudança. Esse é pra mim o recado mais claro das urnas. Nosso esforço agora é reunir forças da oposição, com essa bandeira que busca dar ao Brasil novas perspectivas.
Marina Silva (PSB), terceira colocada nas urnas e a candidata mais cobiçada por Aécio, deve decidir qual rumo tomar nesta quarta-feira (8). Marina coloca como condição o apoio de Aécio ao fim da reeleição.
Perguntado sobre o assunto na terça-feira (7), o candidato desconversou sobre a validade da proposta a partir de 2015 e pontuou que o tema "precisa ser discutido no Congresso".
Cientista político fala sobre as tendências para campanhas de Dilma e Aécio: