A presidente Dilma Rousseff rebateu, neste domingo (7), as críticas feitas pelas candidata à presidência da República, Marina Silva (PSB), de que está sendo agredida pelo PT e pelo PSDB. Dilma afirmou que o que Marina vê como agressão ela entende como “debate qualificado”, e disse que a democracia precisa desses embates.
— Nós não queremos agredir, nós queremos fazer um debate qualificado. Lamento que debate qualificado seja visto com agressão. Agora debate tem de ter, porque nós vivemos numa democracia. Ninguém pode falar sem externar opinião.
As declarações foram dadas em entrevista à imprensa, no Palácio da Alvorada em Brasília, logo depois da presidente receber jovens representantes de movimentos culturais e sociais. Em ato de campanha em São Paulo, a candidata Marina Silva reclamou de estar sendo agredida pelos adversários no caso das denúncias de corrupção dentro da Petrobras.
Dilma: "Gostaria de ter acesso a essas informações de forma oficial"
Segundo reportagem publicada pela revista Veja neste final de semana, Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, teria revelado em depoimento à Polícia Federal os nomes de 32 parlamentares, três governadores e um ministro de Estado, que participavam de um esquema de propina na maior estatal do País. O nome do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos também estaria entre os citados.
Ao saber das declarações de Marina, a presidente Dilma também aproveitou para criticar a adversária, fazendo referências as alterações feitas ela candidata no programa de governo do PSB. Dilma também deu a entender que quem pretende ocupar o cargo de presidente da República deve estar preparada para suportar pressão.
— O que acontece com o meu governo e comigo é que nós não mudamos de posição todo santo dia. E como é próprio de todo presidente ser muito pressionado, inclusive por vocês [imprensa], eu também aguento pressão bem.