Após assinar carta de compromisso com a elaboração de um plano de metas para a área de mobilidade urbana, nesta quinta-feira (18), o candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, defendeu a política de expansão das ciclofaixas adotada pelo prefeito Fernando Haddad (PT).
Para o ex-ministro, a resistência de parte da população da capital às medidas tem a ver com um comportamento elitista de quem tem privilégios na cidade.
— Para fazer mudanças, sobretudo governar para quem mais precisa, quem é excluído, precisa ter coragem. Nós queremos avançar com essa coragem. As pessoas que sempre tiveram os mesmos privilégios não podem querer excluir da cidade de São Paulo o direito de circular, de garantir segurança a quem usa bicicleta [...] Não se pode recuar em um centímetro na defesa do transporte por bicicletas. As grandes cidades do mundo já vem fazendo isso.
As declarações foram dadas durante lançamento de pesquisa Ibope encomendada pela Rede Nossa São Paulo que indica aprovação de 88% dos paulistanos à instalação das ciclofaixas. Padilha destacou que está previsto em seu programa de governo a realização de parcerias com os municípios para implantação de ciclofaixas e ciclovias no interior do Estado.
— Já tem um programa de ciclovias, mas o investimento que o governo do Estado faz é ínfimo. A maior parte é iniciativa dos próprios municípios ou parceiras com o Ministério das Cidades.
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O candidato também chamou de “ridícula” a representação apresentada pelo candidato a deputado estadual Joseph Jo Raymond Diwan (PSDB) alegando que a cor vermelha das ciclovias está vinculada a propaganda do PT.
— Tucano adora ver faixa vermelha na Dinamarca, na Suécia, na Holanda. São Paulo não pode ter? É um preconceito com a cidade de São Paulo.
Candidatos
De acordo com a organização do evento, todos os candidatos ao governo de São Paulo foram convidados a participar do lançamento da pesquisa, que fez parte da Semana da Mobilidade Urbana em São Paulo. Além de Padilha, compareceu ao evento e assinou a carta o candidato Gilberto Maringoni (PSOL). Paulo Skaf (PMDB) mandou uma representante, Anicia Pio, e Gilberto Natalini (PV) disse que não poderia comparecer, mas assinou a carta. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) não enviou representantes se comprometeu com as metas propostas.