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Presidente do TSE e Procurador-Geral discutem sobre punições a campanhas presidenciais

Nos últimos dias, TSE aplicou diversas punições às campanhas de Dilma e Aécio

Eleições 2014|, com R7

Para Janot (esq.), TSE altera processo eleitoral em curso; para Toffoli (dir.), medida foi aceita por sociedade
Para Janot (esq.), TSE altera processo eleitoral em curso; para Toffoli (dir.), medida foi aceita por sociedade Para Janot (esq.), TSE altera processo eleitoral em curso; para Toffoli (dir.), medida foi aceita por sociedade

O procurador-geral da República e Eleitoral, Rodrigo Janot, criticou na noite de terça-feira (21) a mudança na orientação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que, na última semana, decidiu adotar postura mais interventora e barrar ataques pessoais na propaganda eleitoral do segundo turno. Janot citou dispositivo constitucional segundo o qual a lei que altera o processo eleitoral não se aplica à eleição que já está em curso. Na análise do procurador-geral, o dispositivo se destina também ao TSE.

"A mudança, na visão do Ministério Público Eleitoral, causa surpresa aos candidatos a poucos dias da disputa, não observa a jurisprudência reiterada, desatende o princípio esculpido na carta constitucional e gera insegurança jurídica, necessária ao Estado de direito e à regularidade do pleito", disse Janot, no plenário do TSE nesta terça.

A alteração jurisprudencial no meio das eleições fere, de acordo com Janot, o entendimento do STF (Supremo Tribunal Federal) e do próprio TSE.

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No primeiro turno, a Corte decidiu pelo "minimalismo" da Justiça Eleitoral nas intervenções em propaganda eleitoral. Apenas no segundo turno os ministros decidiram mudar a orientação e passaram a barrar as propagandas. "Mudanças na jurisprudência eleitoral tem efeitos normativos diretos", disse o procurador-geral.

A manifestação de Janot foi feita após o presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, apresentar resolução para alterar prazos para analisar pedidos de direito de resposta nas propagadas veiculadas às vésperas do segundo turno. Janot não apresentou críticas à resolução, mas aproveitou o momento para fixar a posição do Ministério Público eleitoral.

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Apoio da sociedade

Os integrantes da Corte, que votaram a resolução de Toffoli após as críticas de Janot, consideraram a mudança na orientação "apenas um ajuste" — nas palavras do ministro Gilmar Mendes.

"A matéria direito de resposta está prevista como garantia na Constituição, o que estamos fazendo é única e exclusivamente dar garantia e efetividade", completou o ministro Henrique Neves.

Durante sessão plenária de ontem, o presidente do TSE afirmou que a repercussão positiva da decisão da Corte de ser mais rigorosa com as campanhas eleitorais foi "quase unânime" com a "ampla maioria" dos meios de comunicação e da sociedade. 

— Recebemos o feedback de apoio à decisão tomada pela Corte.

A defesa de Toffoli veio após as críticas de Janot, que chegou a falar em um "caminho perigoso" traçado pelo TSE.

Após a segunda intervenção de Janot crítica à decisão da Corte, Toffoli aproveitou momento de votação para defender a alteração na orientação do tribunal.

— Estava parecendo partida de futebol. O torcedor briga dentro do campo e a torcida se sente liberada a brigar.

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