Temer assiste ao debate, ao lado do presidente do PT, Rui Falcão
Eduardo Enomoto/R7O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), candidato à reeleição na chapa encabeçada por Dilma Rousseff (PT), disse neste domingo (19) que o racha no PMDB é “passado”.
“Isso é passado. Já passou”, disse Temer, que é presidente nacional do PMDB, após o debate entre Dilma e Aécio Neves (PSDB), realizado neste domingo pela TV Record e pelo portal R7.
— Hoje a unanimidade é absoluta. Eu reuni todos os prefeitos e vice-prefeitos, vereadores, são mais de 600, numa unidade em torno de nossa chapa.
Dilma e Aécio evitam ataques e apostam em propostas em debate
Apesar das afirmações, Temer está lidando com um partido dividido nas atuais eleições. Um dos principais exemplos é o que acontece no Rio Grande do Sul, onde um candidato do PMDB, José Ivo Sartori, disputa o segundo turno contra o atual governador Tarso Genro, do PT.
O problema é que Sartori, apesar de ser apoiado por Temer no Estado, não apoia a reeleição da presidente Dilma e de Temer, mas defende a eleição de Aécio.
O PMDB gaúcho, ao lado da seção do partido no Rio de Janeiro, são os principais focos de resistência interna. O deputado gaúcho Darcísio Perondi chegou a dizer, em entrevista ao R7, que, “no lápis”, a maior parte dos parlamentares peemedebistas já aderiram à campanha presidencial tucana.
Perondi declarou ainda que Temer desembarcaria do governo Dilma, “se pudesse”, o que foi negado pelo vice-presidente.
Na sexta-feira (17), Temer afirmou que o partido tem sido "tolerante ao longo do tempo com movimento de divergências", mas que o objetivo é construir um partido mais unido.
— Depois das eleições vamos reunir o partido e fazer uma unidade absoluta. Vamos definir uma postura mais centralizadora, unificadora, para evitar essas divergências.