O candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, foi proibido nesta terça-feira (9) pela Justiça Eleitoral de veicular uma propaganda que prometia um bilhete de transporte público metropolitano com desconto nas tarifas. O governador e candidato à reeleição, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou o benefício no dia 5 de agosto, mesma data em que o adversário fez a promessa.
A integração tarifária do BOM entrou em vigor 25 dias depois e desbancou o projeto de Padilha. Com o cartão, o usuário que utiliza os ônibus da EMTU (Empresa Metropolitana de Transporte Urbano) e CPTM ou metrô recebe R$ 1,35 de desconto no segundo modal. A economia, segundo o governo do Estado, pode chegar a 25,7%. Padilha ainda pode recorrer da decisão.
A juíza Claudia Lúcia Fonseca Fanucchi analisou a representação feita pela campanha do tucano e entendeu que a propaganda induz o eleitor ao erro. Padilha continuou com a promessa de campanha mesmo após o anúncio oficial. Alckmin garantiu que vai negociar com prefeitos para implantar o bilhete em todas as 39 cidades que integram a Grande São Paulo.
Além da EMTU, trens e metrô, o BOM é aceito hoje nos ônibus municipais em 13 municípios: Carapicuíba, Cotia, Ferraz de Vasconcelos, Mairiporã, Poá, Rio Grande da Serra, São Caetano do Sul, Taboão da Serra, Arujá, Itapecerica da Serra, Ribeirão Pires, Suzano e também em São Roque, que não integra a região metropolitana.