Paulo Skaf acredita que vai ganhar mais votos após aparição na TV
Ayrton Vignola/DivulgaçãoCandidato e coordenador de campanha estão de acordo. O início do horário eleitoral gratuito pode fazer Paulo Skaf (PMDB) subir ainda mais nas pesquisas de intenção de voto. De acordo com dados do Datafolha da última sexta-feira (15), o empresário aparece em segundo lugar na corrida ao governo de São Paulo com 16% da preferência do eleitorado. O atual governador Geraldo Alckmin (PSDB) tem 55% e Alexandre Padilha (PT) aparece com 5%.
Para Luiz Antônio Fleury Filho, ex-governador de São Paulo e um dos coordenadores de campanha de Skaf, como o candidato é desconhecido por 60% da população, a presença dele na TV e no rádio pode fazer com que seu desempenho nas pesquisas suba ainda mais. O programa do empresário começa a ser veiculado nesta quarta-feira (20).
— O grau de desconhecimento da pessoa dele é muito grande. Ele é conhecido por apenas 40% do eleitorado, então nós acreditamos que com o programa eleitoral, com o maior conhecimento que ele vai ter, ele vai ser alavancado, e vai subir nas pesquisas.
Em encontro com lideranças femininas dos partidos da coligação de Skaf, realizado na tarde desta terça-feira (19), no auditório do comitê da campanha, na Vila Olímpia, zona sul de São Paulo, Fleury comentou a escolha frequente do candidato em fazer agendas e aparições públicas nas entidades que presidiu por dez anos, o Sesi e o Senai.
— Não é estratégia. Da mesma forma que o governador mostra obras, algumas até inacabadas, o Skaf pode mostrar obras acabadas da experiência executiva que ele teve.
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O empresário tem falado com frequência sobre o Sesi e o Senai e já disse querer implantar, se eleito, os dois modelos de ensino no Estado. Nesta terça, assim como Fleury, Skaf também se mostrou otimista com o início da aparição no rádio e na TV.
— O horário eleitoral tem essa vantagem. Te dá uma exposição para que as pessoas possam te conhecer. Todo mundo quer renovação. Todo mundo está cansado do PT e do PSDB, mas as pessoas precisam saber que existe uma outra opção. Isso o programa eleitoral dá: essa oportunidade das pessoas passarem a saber que existe uma nova opção que não é do PT ne do PSDB.
Ex-governador e nada mais
Fleury declarou que não atuará em um possível mandato de Skaf em São Paulo. Ex-secretário de segurança, ex-governador e ex-deputado federal, Fleury deixou claro que sua função é apenas aconselhar e ajudar na campanha do empresário, afastando qualquer possibilidade de assumir novamente a secretaria de segurança, por exemplo.
— Meu compromisso com o Paul Skaf é de ajudar na campanha. Sou um dos coordenadores de campanha, e terminada a eleição eu volto para o meu escritório de advocacia. Já fui governador. Acho que, sempre critico... Por exemplo, o Alckmin se rebaixou ao ser secretário. Acho que quem foi governador não deve ser secretário. Não faria sentido.
Um dos episódios que marcou o governo de Fleury no Estado foi o chamado massacre do Carandiru, ocorrido em 1992, que terminou com a morte de 111 presos na Casa de Detenção então localizada na zona norte de São Paulo. Mais de 20 anos após o episódio, os policiais militares que participaram da ação foram julgados e condenados. Fleury chegou a ser ouvido como testemunha da defesa.