Alckmin: 'desafio é tratar esgoto sanitário'
Hélvio Romero/21.08.2014/Estadão ConteúdoDesafio de décadas e de várias gestões, a despoluição do rio Tietê entrou nas promessas de campanha do governador São Paulo e candidato à reeleição, Geraldo Alckmin (PSDB). Na manhã desta quinta-feira (21), o tucano disse que o trabalho de limpeza “teve muito avanço”, e que até 2019 o Tietê estará limpo.
— A mancha de poluição estava lá em Barra Bonita. Ela retrocedeu 130 km. Hoje está em Salto. O desafio é tratar esgoto sanitário.
A Sabesp opera em 310 municípios do interior paulista. Segundo Alckmin, 288 já têm abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto universalizados — em pelo menos 95% das casas. Alckmin garantiu que, no máximo, até o começo do ano que vem, as 22 cidades que faltam estarão nas mesmas condições. Os trabalhos nas demais regiões deverão durar um pouco mais.
— Até 2016, o litoral de São Paulo [terá abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto] universalizado e, até 2019, a região metropolitana de São Paulo universalizada. Então, nós seremos o primeiro Estado brasileiro universalizando o saneamento básico. Os estudos mostram que o Brasil, no ritmo eu está indo, vai universalizar o saneamento em 2122. Nós vamos universalizar agora, até 2019.
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O grande desafio, segundo o governador, está nas cidades que não são atendidas pela Sabesp.
— Você tem grandes municípios que não são operados pelo Estado: Guarulhos, Mogi [das Cruzes], municípios do ABC. Aí você não tem interferência, porque eles têm autonomia. Sempre tem [conversa]. E eles estão avançando, não no mesmo ritmo, mas também estão avançando.
O secretário de Saneamento e Recursos Hídricos, Mauro Arce, destacou o programa Água Limpa, que atende municípios de até 50 mil habitantes, não operados pela Sabesp. Segundo Alckmin, foi o caso da cidade de Aparecida, onde o governo gastou R$ 50 milhões para instalar um sistema de tratamento de esgoto.
Sistema Cantareira
O governador vistoriou nesta quinta-feira as obras de captação do volume morto da represa de Atibainha, que integra o sistema Cantareira. Segundo a Sabesp, a partir de sábado (23), serão disponibilizados mais 77 milhões de m³ de água. Essa é a segunda obra emergencial entregue pelo governo, devido à seca que atinge o Estado. Em maio, a reserva técnica da represa Jaguari-Jacareí começou a ser usada.
— Aqui no Atibainha foi feita uma obra importante: barramento, bombeamento e quase 1 km de canais. Nós temos aqui 77 milhões de m³ de água sendo disponibilizado para a região metropolitana de São Paulo.
Ao lado do secretário Mauro Arce e da presidente da Sabesp, Dilma Pena, Alckmin voltou a afirmar que as cidades atendidas pela Sabesp estão com abastecimento garantido até o começo do ano que vem, caso não chova. Porém, o governo espera que a partir de setembro, as chuvas regulares voltem a elevar o nível dos reservatórios.