Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL), que disputam o 2º turno da eleição presidencial
Montagem/Arte R7 - 2.10.2022Circula por grupos de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas redes sociais um documento que recomenda aos apoiadores do petista que sigam estratégias usadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição ao cargo. O guia "Orientações para mobilização da campanha Lula e Alckmin no 2º turno" fala em divulgar o canal "Vem pro Zap do Lula!" no WhatsApp. A rede social é utilizada em massa por Bolsonaro desde a última campanha presidencial.
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Segundo a campanha, "uma comunicação rápida e eficiente entre as lideranças da campanha é fundamental para a conquista da vitória final". Questionada sobre o assunto, a assessoria do PT se limitou a enviar a seguinte nota: "O R7 tem instrução interna de tratar de formas desiguais as duas campanhas, tratando negativamante a campanha de Lula-Alckmin."
O documento com instruções diz ainda que os filiados não podem "perder tempo" conversando entre si. "Agora a missão é uma só, por isso é preciso aprofundar a integração entre os partidos e movimentos para atuar nas ruas e nas redes levando a mensagem do Brasil da Esperança com coordenações unificadas".
O PT sugere ainda que o foco das mobilizações seja nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, "decisivos na disputa presidencial". A votação em segundo turno ocorre em 30 de outubro, o último domingo deste mês.
Ao longo da campanha eleitoral, Bolsonaro teve como uma de suas principais estratégias relembrar os casos de corrupção durante as gestões do PT na Presidência da República, em especial quando Lula foi presidente. Além disso, o chefe do Executivo enfatizou pautas que sempre nortearam sua vida pública, como a defesa à família, a liberdade de expressão, valores religiosos e o patriotismo.
O presidente tem como compromisso para o novo mandato manter o Auxílio Brasil em R$ 600. O projeto da Lei Orçamentária do ano que vem, enviado pelo governo ao Congresso Nacional, prevê o pagamento do benefício de R$ 400, mas Bolsonaro afirmou que o valor será ampliado. Segundo ele, isso será possível com a taxação de lucros e dividendos de pessoas que ganham acima de R$ 400 mil por mês.
Outra proposta de Bolsonaro é aumentar o salário dos servidores públicos vinculados ao Executivo federal.
O presidente também assumiu o compromisso de aprovar reformas estruturantes, sobretudo a tributária. Bolsonaro pretende, ainda, rever gastos e desvincular e desindexar despesas públicas para, segundo ele, aumentar a eficiência do uso do dinheiro público e atender às necessidades da população brasileira.
Além disso, Bolsonaro fala em aperfeiçoar a legislação trabalhista para facilitar as contratações e desburocratizar e desregular as normas, para favorecer a criação de empresas e o empreendedorismo.
Ele também promete dar continuidade à abertura comercial, com a redução da tributação das empresas nacionais e dos impostos de importação, para criar um ambiente de concorrência e competitividade a fim de tentar reduzir preços e melhorar a oferta e a qualidade dos produtos e serviços.
O ex-presidente Lula tem como principal compromisso, caso seja eleito, implantar políticas públicas para socorrer a população mais carente, sobretudo para combater a fome. Ele promete manter o Auxílio Brasil em R$ 600 e transferir um adicional de R$ 150 para famílias beneficiárias do programa que tenham filhos de até 6 anos — o bônus será pago a cada criança dessa faixa etária. Além disso, o petista garante que vai reajustar o salário mínimo sempre acima da inflação.
Lula também diz que vai criar oportunidades de trabalho e de emprego. A proposta do governo dele é implementar uma nova legislação trabalhista, de extensa proteção social a todas as formas de ocupação, de emprego e de relação de trabalho. O petista quer dar maior atenção a profissionais autônomos e domésticos, a trabalhadores em home office e àqueles que prestam serviços mediados por aplicativos e plataformas.
Para a saúde, o petista tem como metas fortalecer e aprimorar a gestão do SUS, com a valorização e a formação de profissionais da área e a retomada de políticas como o Mais Médicos e o Farmácia Popular, bem como a reestruturação do Complexo Econômico e Industrial da Saúde e o seu fomento.