Bloqueio de rodovia em Minas Gerais, já desfeito; estado não tem retenções no momento
Luciano Claudino/Código 19/Estadão Conteúdo - 1º.11.2022Manifestantes contrários ao resultado das eleições ainda mantêm 24 interdições parciais em cinco estados do país, segundo o último levantamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF), divulgado às 20h34 desta quinta-feira (3).
Rondônia está à frente no número de protestos nas rodovias, com 8 pontos de retenção. Há manifestações atrapalhando o fluxo em outros quatro estados: Amazonas (2), Mato Grosso (7), Mato Grosso do Sul (1) e Pará (6).
Segundo a PRF, desde domingo (30), 936 retenções foram desfeitas, 34 pessoas foram presas e mais de 2.900 multas aplicadas, totalizando mais de R$ 18 milhões.
A PRF desfez todos os pontos de bloqueio nas rodovias do DF e do Entorno. O trânsito na Esplanada dos Ministérios continua bloqueado e sem previsão para ser liberado, segundo a Polícia Militar do Distrito Federal. A medida foi tomada preventivamente pelo Governo do DF para evitar depredações.
As manifestações que bloqueiam rodovias começaram ainda na noite de domingo (30), após a divulgação do resultado das eleições, com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL), quando grupos de apoiadores do atual presidente ocuparam rodovias no Sul e no Centro-Oeste do país.
Na segunda-feira (31), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a "imediata desobstrução" de rodovias do país bloqueadas por caminhoneiros. Na decisão, o magistrado também ordenou o afastamento e a prisão do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, em caso de descumprimento.
A decisão determinou ainda, para essa hipótese, uma multa "de caráter pessoal" de R$ 100 mil "a contar da meia-noite do dia 1º de novembro de 2022 [esta terça-feira]".
Moraes também estabeleceu punição no mesmo valor para caminhoneiros que forem identificados pela PRF e pelas Polícias Militares fazendo "bloqueios, obstruções e/ou interrupções" nas rodovias. A decisão foi referendada por unanimidade pelo STF na terça-feira (1º).