O segundo dia de greve dos bancários se encerrou nesta quarta-feira (1°) com 7.673 agências e centros administrativos de bancos fechados.
O balanço foi divulgado ao final do dia pela Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro). Clique aqui para saber como pagar as suas contas e realizar outros serviços.
O número de estabelecimentos em greve subiu 16,7% em relação ao dia anterior, quando totalizava 6.572 unidades.
Bancários estão em greve por tempo indeterminado:
Greve dos bancários: 557 agências fecham no segundo dia de paralisações em SP
Protesto
A categoria também protestará nesta quinta-feira (2) contra a independência do Banco Central, defendida nas eleições presidenciais desse ano por candidatos e criticada pelo atual governo.
O protesto acontecerá às 17h em Brasília, em frente à sede do BC. Outras manifestações em horários diferentes acontecerão em representações da autarquia estatal em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Curitiba, Porto Alegre, Fortaleza e Belém.
Entenda a paralisação
Os trabalhadores não aceitaram a proposta dos bancos de reajuste de 7,35% (sem descontar a inflação) para os salários e demais verbas salariais e de 8% para os pisos, após oito tentativas de negociações.
A categoria tem como reivindicação um reajuste total de 12,5% nos salários, um piso salarial de R$ 2.975,49, além de outras questões como um 14ª salário, vale-alimentação de R$ 724, vale-cultura de R$ 112,50, mais contratações e combate ao assédio moral.
O pedido de aumento de salário da categoria apresenta um ganho real de 5,8%, descontada a inflação de 6,35% nos últimos 12 meses, até agosto. Foi utilizado no cálculo o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).
Os bancários negociam um novo acordo trabalhista anualmente a partir do dia 1º de setembro.
Uma greve de 23 dias ocorreu em outubro do ano passado e foi encerrada após a Fenaban oferecer reajuste de 8% nos salários com aumento real de 1,82%.
A CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) apelou na época pelo fim da greve, temendo a perda de lucro no comércio.
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