-
Hilda Hilst nasceu em Jaú, interior do Estado de São Paulo, em 1930 e morreu em Campinas no ano de 2004. Poeta, dramaturga, cronista, ficcionista e amante dos animais, para muita gente (para nós, inclusive), ela é uma das escritoras mais importantes da língua portuguesa no século 20. Não se engane pelas imagens: ela é a estrela da edição de hoje dos nossos famigerados decotes da sabedoria e faz por merecer. Se você quer saber mais sobre ela, a gente recomenda a leitura do livro de peosia Cantares de Perda e Predileção, com o qual ela ganhou o Prêmio Jabuti em 1983
Montagem R7
-
A gente sabe que você gosta de fofoca e, por isso, a gente lança mão desta aqui, que é pra botar Hilda mais perto de você. Sabia que ela foi namorada do ator Dean Martin? Sim, aquele mesmo Dean Martin que fazia dupla com o comediante Jerry Lewis. Os dois se conheceram em Paris (França), no ano de 1957, e, na real, Hilda se aproximou dele com segundas intenções: o que ela queria, de verdade, era conhecer Marlon Brando, que ela achava lindo
Montagem R7
-
Hilda aturou Dean Martin que, amigo de Frank Sinatra, vivia bêbado o tempo todo, até que conseguiu dar uma fugidinha. Ela foi até o hotel onde Brando estava hospedado e, mediante um suborno pago aos funcionários, subiu até o quarto onde o galã ficava. Ele a atendeu na porta e Hilda, meio bêbada, foi engolfada pela própria timidez e só conseguia olhar para os pés dele. Ela diz que Brando perguntou se ela achava que, só por ser bonita (e ela era LINDA) podia chegar e acordar um homem no meio da noite. Deve ter valido a viagem, não?
Montagem R7
-
Pensa que foi só na gringa que Hilda abalou? Vinícius de Moraes — talvez o maior colecionador de mulheres que já existiu na literatura brasileira — pagava o maior pau pra ela e, além dele, Carlos Drummond de Andrade ruborizava cada vez que ela lhe dirigia a palavra. Vinícius a pediu em casamento e Drummond escreveu poemas com o nome dela. Coisa pra poucos, não?
Montagem R7
-
Outro ator famoso que Hilda pegou foi o galã Tony Curtis que, ao lado de Marilyn Monroe e Jack Lemmon, estrelou a comédia Quanto Mais Quente Melhor
Montagem R7
-
Sabe quem mais consta na lista de conquistas de Hilda? Sabe o milionário Howard Hughers, retratado pro Martin Sorsese no filme O Aviador? Ele mesmo!
Montagem R7
-
Hilda sofreu preconceito por ser bonita. Escritores modernistas
constumavam descrevê-la como uma espécie de "fêmea rara" — que, além de
ser bonita, pensava e escrevia muito bem
Montagem R7
-
Nos últimos anos de sua vida, Hilda escreveu uma quantidade incrível de poesias eróticas
Montagem R7
-
Hilda sempre foi irreverente, sempre foi desbocada e seu temperamento
variava da gargalhada às lágrimas do mesmo jeito que seus textos
passavam, em um simples pular de linha, do sublime ao grotesco. Quando seus poemas eróticos eram chamados de obscenos, Hilda virava bicho
Montagem R7
-
— Obsceno para mim é a miséria, a fome, a crueldade. A nossa época é obscena!
Montagem R7
-
HIlda era filha única de um fazendeiro (e escritor) que plantava café. Quando seus pais se separaram, ela veio com a mãe morar na capital paulista e foi aluna em regime de internato do Colégio Santa Marcelina. Hilda fez o segundo grau no colégio Mackenzie e se formou em Direito na faculdade do Largo São Francisco
Montagem R7
-
Foi na faculdade de Direito, aliás, que Hilda conheceu aquela que seria sua melhor amiga: a também escritora Lygia fagundes Telles
Montagem R7
-
Hilda não gostava de ser chamada de "poetisa". Ela achava que "poetisa" dava uma ideia de fragilidade que não era exatamente o forte dela. No campo "profissão", Hilda sempre foi lá e botou: POETA
Montagem R7
-
Depois de ter fervido na São Paulo da década de 1950, Hilda se mudou para a fazenda de sua mãe junto com o então namorado (que viria a ser, a partir de 1968, seu marido), o escultor Dante Casarini
Montagem R7
-
Foi lá, na década de 1960, que Hilda começou a construir a chamada Casa do Sol — um lugar que ela mesma projetou para ser um "lugar de criação artística"
Montagem R7
-
Foi na Casa do Sol que Hilda viveu o resto dos dias de sua vida
Montagem R7
-
A Casa do Sol ficou pronta em 1966 e Hilda morou lá até sua morte, em 2004
Montagem R7
-
Durante este tempo, ela recebeu alguns escritores na Casa do Sol
Montagem R7
-
Caio Fernando Abreu foi um dos seus mais conhecidos hóspedes
Montagem R7
-
Além de escritores, Hilda dividia seu espaço com cerca de 90 cachorros, plantas e sua amiga mais inseparável de todas: a máquina de escrever
Montagem R7
-
Hilda tinha uma mania esquisita: ela ficava ouvindo rádio a maior parte do tempo e muitas vezes o aparelho não era bem sintonizado e produzia uma chiadeira sem noção, mas era assim que ela gostava. Ela dizia que, no meio da estética, era capaz de distinguir vozes que diziam coisas reveladoras
Montagem R7
-
A Casa do Sol foi tombada pelo patimônio histórico nacional em 2011 e recebe diversos projetos culturais todos os anos
Montagem R7
-
Depois de sua morte, foi criado o Instituto Hilda Hilst que, hoje, viabiliza um monte de projetos culturais e, além de tudo, cuida para que a Casa do Sol continue servindo o propósito para o qual foi criado: estimular a produção artística
Montagem R7
-
Zeca Baleiro já lançou um CD em que bota música na obra de Hilda. O CD se chama Ode Descontínua e Remota para Flauta e Oboé - De Ariana para Dionísio e conta com participações de Maria Bethânia, Ângela Ro Ro, Ná Ozzetti, Zélia Duncan, Mônica Salmaso e Ângela Maria
Montagem R7
-
Os textos de Hilda já atravessaram o oceano faz tempo, traduzidos para o inglês, para o francês, italiano e alemão
Montagem R7
-
A chamada "trilogia erótica" de Hilda Hilst foi lançada no começo da década de 1990. Os livros são: O Caderno Rosa de Lori Lamby, Contos D’Escárnio/Textos grotescos e Cartas De Um Sedutor
Montagem R7
-
Hilda foi uma das primeiras escritoras brasilieras a ser dignamente representada na internet. Em 1999, ela já tinha seu site oficial
Montagem R7
-
O crítico literário Anatole Rosenfeld explica que Hilda é notável por ter conseguido alcalçar uma qualidade notável literária nos três gêneros em que se propôs a trabalhar: a poesia, o teatro e a ficção
Montagem R7
-
Um tema recorrente na obra de Hilda é o da lagarta que se torna borboleta. Fascinada pelos estados intermediários, ela evidencia ainda mais a transformação do belo em feio — e vice-versa
Montagem R7
-
Sobre a autora, Caio Fernando Abreu costumava dizer: “Nunca conheci uma escritora tão tomada pela paixão da palavra”
Montagem R7
-
No primeiro dia do ano de 2004, Hilda foi internada no Hospital das Clinicas da Unicamp por causa de uma queda — que causou a fratura de seu fêmur (o osso da coxa)
Montagem R7
-
Ela ficou internada até o dia 4/2 quando, às 4h00 da manhã, faleceu, vítima de uma infecção generalizada. Seu corpo foi sepultado na tarde do mesmo dia, no Cemitério das Aleias, em Campinas
Montagem R7
-
A obra de Hilda permanece sendo editada e a sua Casa do Sol, que hoje abriga o Instituto Hilda Hilst, está abertá à vistação do público. O endereço é: Rua João Caetano Monteiro, s/n, Quadra B, Chácara Casa do Sol. Parque Xangrilá. Campinas, SP. CEP 13098-605
Montagem R7
-
Quer saber mais sobre Hilda Hilst? Visite o site www.hildahilst.com.br
Montagem R7