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O dono de uma casa com uma estátua de tubarão luta contra o governo municipal
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A residência foi construída para protestar contra leis locais que regulam os imóveis
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Foram seis anos para a cidade de Oxford finalmente aceitar a estátua como legítima
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Agora, o filho do dono original luta para que a residência não vire uma atração turística
Casa foi construída para protestar, mas agora pode ficar amiga da cidade
Flickr/@robinhutton (Sob Licença Creative Commons)Uma casa com a estátua de um tubarão no teto há duas gerações causa conflitos com o conselho municipal de Oxford (Reino Unido). A obra foi criada em 1986, sem permissão, justamente para protestar contra os excessos de regras da cidade para a construção de casas. Após uma primeira vitória nas rodas burocráticas locais, o filho do dono original da residência enfrenta uma nova batalha.
Bill Hanson-Heine encomendou a estátua de fibra de vidro do animal e a instalou em segredo no teto da casa, como se o tubarão tivesse atravessando o telhado. São 7,5 m de estátua para fora da casa, e o resultado é uma obra de arte esquisita.
Como era de esperar, logo depois Bill precisou lidar com os políticos do Oxford City Council (Conselho Municipal de Oxford) e as regras locais, que restringiam a forma como os imóveis deveriam ser construídos.
Foram seis anos de batalhas legais para que ele ganhasse uma permissão para que o tubarão permanecesse lá.
Corta para 2021, quando o mesmo conselho, obviamente ocupado por novos conselheiros, faz o inverso, e indica a casa para aparecer em um registro de locais importantes e turísticos da cidade.
Magnus, filho de Bill e atual dono da casa, disse que a inclusão vai contra tudo o que a casa representa.
Magnus classifica a atitude de "manobra política", por tentar dar uma "cara amigável" a uma casa que tentou demonstrar o excesso de regras do próprio sistema local.
Em entrevista ao tabloide The Sun, Magnus diz que "quase parece que estão roubando minha casa".
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A questão permanece em aberto e o dono da residência agora luta para ela ser retirada do registro, que inclui edifícios e estruturas que "fazem uma contribuição especial" à cidade.
Apesar de a classificação não trazer encargos nem obrigações extras ao dono da residência, Magnus enxerga o rótulo como um tipo de apropriação que ignora a própria história da construção dela, ao mesmo tempo em que mantém as leis que são o alvo do protesto da estátua.
O próprio Magnus também lucra com a Shark House, pois a aluga como apartamento no serviço Airbnb.
Em resposta, o conselho respondeu que levará "em consideração as opiniões de todos antes de tomar uma decisão final".
O prazo de inscrição e contestação acabou no dia 26, mas ainda não há uma data para uma resposta definitiva do órgão.
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