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Desempregada, a estudante britânica Kirsty Glen foi atrás de trabalho no portal de classificados Gumtree. Moradora de
Johnstone, sul da Escócia, Kirsty achou uma oportunidade: fazer faxina em uma residência. A chance, no entanto, virou um pesadelo pra ela. Recebida pelo dono da casa — um homem "baixinho e na faixa dos 60 e poucos anos, chamado apenas David —, ela teve uma surpresa desagradabilíssima durante a entrevista do emprego temporário. David começou perguntando sobre trabalho, mas logo pediu para ela fazer, em vez de limpeza, massagem. Não era só isso, como ela logo iria perceber
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Kirsty, que achara o homem "solitário e meio acanhado", topou tocar no pescoço e nas costas dele, para fazer a massagem. Ficou atrás dele por alguns segundos. E desistiu: "Posso parar agora?" David disse que não e pediu educadamente que ela continuasse
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"Vim aqui para uma entrevista de emprego ou para fazer massagem no senhor?", ela perguntou
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O homem respondeu friamente: "Faça mais massagem. Está incomodando muito você? Na verdade eu queria fazer outra coisa..."
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Kirsty se afastou, num pulo para trás: "Como assim outra coisa?" David foi seco: "Estamos a sós, você está desempregada... Por que não fazemos algo mais divertido?"
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Indignada, a garota recusou e esbravejou: "Você tá pensando que eu sou o quê?"
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Kirsty contaria depois, num post no Facebook, o que rolou naquela sala: "Ele me intimidou. Disse que era empregada dele naquela hora, e que iria reclamar de mim na empresa e me 'queimar pra sempre'"
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"Também me ofereceu uma grana para transar com ele. E me disse vários desaforos. Me chamou de prostituta e avisou que queria fazer coisas 'bem quentes' comigo na cama ou ali mesmo no sofá", contou ela
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Em resumo, ele queria que ela fizesse "favores sexuais" em troca de muito dinheiro, e tudo em tom ameaçador: "Conheço muita gente que pode acabar com suas chances de conseguir emprego"
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Revoltada, a garota foi embora dali. Quatro dias depois da entrevista, quando ela começaria a trabalhar na casa de David, ele voltou a importuná-la, desta vez usando mensagens de texto
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"Você não vai vir aqui em casa para cuidar de mim?", perguntou, irônico. "O que você quer dizer exatamente com isso?", ela fez questão de perguntar
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"Você pode vir aqui hoje para a gente brincar um pouco. A limpeza você pode fazer na sexta. Pode vir aqui beijar o...", escreveu ele, antes de revelar palavrões e propostas sobre sexo, em troca de dinheiro
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Kirsty recebeu outras mensagens do mesmo teor, propondo que ela transasse com ele
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A garota, na foto com um amiga, decidiu denunciá-lo por assédio à polícia. Mostrou as mensagens às autoridades, e postou tudo no Facebook
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Escreveu um texto contando o ocorrido e postou no Facebook. Ela pede que jovens como ela não caiam nessa: "Tem muito homem nesses classificados querendo apenas cometer abusos, ou fazer propostas que nada têm a ver com o trabalho oferecido. Poderia ter acontecido algo pior: ele ter me atacado, por exemplo"
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Outras mulheres que leram o post da estudante britânica — que não revelou a idade, deixando em dúvida se seria menor de idade ou não — denunciaram homens que ofereciam vagas de emprego, mas que queriam, na verdade, fazer sexo ou abusar delas. "São uns predadores, uns covardes", escreveu uma mulher
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"Teve um homem que me trancou ma casa dele e queria me violentar", contou uma delas. "Por sorte consegui fugir. Mas também denunciei às autoridades"
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Responsáveis pelos classificados prometeram ajudar a polícia a apurar o caso e encontrar o tal David e outros que foram denunciados por mulheres que acessaram o portal. "Nosso site é seguro, mas contamos com a ajuda de quem o utiliza para informar sobre eventuais abusos"
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A polícia disse que está investigando o caso. Kirsty, na foto com o que parece ser um namorado, avisou que fará de tudo para processá-lo e quer que ele seja acusado por abuso. "Uma pessoa dessas deveria ser presa. Ele é velho, e se fingiu de frágil, mas na verdade é uma pessoa agressiva e que pode sair do controle", disse.
Um outro caso de assédio no trabalho foi revelado recentemente. Aconteceu com uma transexual, que denunciou seu chefe
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A americana Makana Milho, transgênero de 21 anos, trabalha temporariamente como faxineira em uma empresa em Honolulu, no Havaí (EUA). Estava no meio do expediente quando foi abordada pelo chefe Harold Villanueva Jr., de 47. Makana fazia a faxina do banheiro e Harold apareceu. "Ele deu um beliscão no meu bumbum", conta. Em seguida, o chefe chamou a moça para ir até o carro dele. Percebendo que seria assediada, Makana decidiu filmar tudo escondido com seu celular. Acabou mesmo sendo vítima de chantagem: o homem queria fazer sexo. Disse que, em troca, "ajudaria a funcionária na empresa"
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O sujeito também fez ameaças: se recusasse a proposta, ela poderia sair da firma. Mas Makana conseguiu registrar tudo para denunciar. Fez mais: transmitiu as cenas dentro do veículo do chefe, ao vivo, pelo Facebook
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O chefe Harold aparece nas imagens pedindo para que Makana faça sexo com ele ali mesmo
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Esse homem acima é o chefe de Makana. Harold levou sua subordinada até o carro dele, que estava parado num local isolado do estacionamento da empresa
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Antes de seguir para o carro no estacionamento, Makana diz ter percebido que o chefe faria chantagem sexual com ela. "Ele já tinha dado em cima de mim outras vezes", lembra
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"Estava na cara que ele iria me assediar e me obrigar a fazer algo", disse em entrevista ao jornal The Daily Beast
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Makana entrou no carro e ligou o celular, escondido. O aparelho estava dentro da bolsa dela. A câmera ficou acionada para transmitir tudo ao vivo para a rede socia
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"Tive medo. Cheguei a pensar que ele fosse tentar me violentar, mesmo ali, no estacionamento", contou Makana
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A transmissão dura cerca de 30 minutos, com vários cortes, e teve mais de 200 mil visualizações e cerca de 10 mil compartilhamentos
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A filmagem no carro aconteceu no último 22 de julho, quinto dia de Makana no trabalho
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Dentro do veículo, enquanto acontecia a transmissão ao vivo, ela olhava para se certificar de que estava tudo ligado. Estava ouvindo o chefe começar a falar o que pretendia
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No início, o supervisor pede para que a funcionária faça sexo oral nele
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O chefe avisa: "Se você fizer sexo comigo, poderá sair mais cedo do trabalho hoje"
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"Estou sem camisinha aqui, tudo bem?", completou o supervisor de Makana
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— Ele segurou a minha mão, mas consegui me soltar
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Para tentar escapar, a funcionária avisa, durante a filmagem, que preferia fazer sexo com preservativo e que "iria buscar uma camisinha em um lugar ali perto"
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"Fiz isso para me despistar dele", confirmou depois
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— Ele então disse que se transasse ali conseguiria ficar mais tempo na empresa
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Makana nem trabalha como contratada: é temporária. Está cumprindo pena por ter furtado uma bolsa em uma loja de luxo em 2014
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A Justiça determinou que ela fizesse trabalho comunitário na empresa de limpeza do município durante dez dias. E que poderá cumprir a pena em liberdade condicional
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Dentro do veículo, o chefe insistiu: "Por que você não quer? Você não tem planos de subir na empresa?" Leia mais sobre essa história aqui
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