Arqueólogos estudaram com detalhes uma rede de cavernas na Arábia Saudita, que serve como um depósito de ossos humanos e de outras 14 espécies de animais — como cavalos, roedores e camelos. Agora vem a parte assustadora: a conclusão é que essas centenas de milhares de ossos foram colocados lá por hienas-riscadas (Hyaena hyaena) nos últimos 7.000 anos
Reprodução/Matthew Stewart (via Archaeological and Anthropological Sciences)
A caverna se chama Umm Jirsan e está localizada no leste do país. É fruto de uma formação vulcânica, esculpida lentamente pela lava de campos localizados logo abaixo do solo. Tem cerca de 1,5 km de extensão e é a maior do tipo no país
Reprodução/Matthew Stewart (via Archaeological and Anthropological Sciences)
O tamanho gigante exigiu mais de uma década de exploração dos cientistas liderados por Matthew Stewart, pesquisador do Instituto Max Planck de Ecologia Química
Reprodução/Matthew Stewart (via Archaeological and Anthropological Sciences)
O grupo analisou arranhões nos ossos e a localização deles dentro das cavernas para concluir como eles chegaram lá. E a conclusão é que hienas fizeram isso. A espécie riscada é conhecida por recolher ossos e leva para os locais onde moram, para leva aos filhotes ou simplesmente armazenar. Junto com as ossadas, os cientistas também encontraram esqueletos de hienas
Reprodução/Matthew Stewart (via Archaeological and Anthropological Sciences)
Em 2013, durante as pesquisas, os arqueólogos relataram ter ouvido rosnados, o que indica que a tradição milenar de guardar ossos naquela caverna pode ainda estar ativa
Reprodução/Matthew Stewart (via Archaeological and Anthropological Sciences)
Além de revelar os hábitos das hienas, a caverna de ossos é também um registro da biodiversidade da região e de como ossos podem ser preservados ao longo do tempo
Reprodução/Matthew Stewart (via Archaeological and Anthropological Sciences)
"Em uma região onde a preservação óssea é muito precária, locais como Umm Jirsan oferecem um novo recurso empolgante", escreveu o Dr. Stewart, no Twitter. O estudo foi publicado no periódico Archaeological and Anthropological Sciences, em 20 de julho