-
No Natal de 1998, crianças queriam um presente: o Furby, que vendeu quase 2 milhões de unidades por aquela época. No Natal seguinte, os números de venda estavam em 14 milhões, tornando o Furby um ícone cultural improvável. Era um bicho de pelúcia fofo como um gremlin e com uma certa aparência de coruja. Como diferencial, ele falava algumas frases e exigia que o dono o pegasse, fizesse carinho. Mas o sucesso, logo se transformou em uma maldição, e o Furby se tornou um símbolo cult da esquisitice do mundo ocidental
Montagem/R7
-
O que tornava a versão do Furby do final do século tão popular era sua inteligência artificial rudimentar
Reprodução/Mercado Livre
-
Ele dizia "estou com medo se estivesse de cabeça pra baixo", e precisava de auxílio para "arrotar" após comer
-
Quando as costas dele eram acariciadas, ele dizia "Eu te amo" e outras coisas assim
LEIA MAIS: Espectro disforme salta de um carro para outro em registro medonho
-
Não demorou para o Furby se tornou um alvo público
-
Primeiro ele foi banido de instalações de inteligência dos Estados Unidos (primeiramente, a Agência de Segurança Nacional, em janeiro de 1999), por ser considerado com "potencial de espionagem"
Reprodução/TikTok
-
Como explicou o site A.V. Club, "aos poucos o Furby passou a incorporar o nosso medo" da inteligência artificial e outras tecnologias muito avançadas
NÃO PERCA: Pedestre finge queda no meio da rua e passa muita vergonha
Reprodução/Mercado Livre
-
Como consequência, o brinquedo passou a ser um símbolo de paranoia e passou a carregar dentro de si essa marca "maldita", fruto da desconfiança generalizada da época contra a inteligência artificial
Reprodução/Mercado Livre
-
Junto com nascente e agressiva cultura da internet da época, cheia de experimentações e estranhezas, o Furby foi modificado e se tornou uma espécie de monstro de grupos online. Na imagem, é possível ver uma versão modificada de um boneco de Homer Simpson, que recebeu partes de um Furby
Reprodução/Imgur
-
Esse tipo de conteúdo assustador se tornou mais famoso que o Furby em si
Reprodução/Imgur
-
Em canais do YouTube, até esmagaram um Furby
VEJA ISSO: Risco de morte! Pedreiros tiram selfie com bomba da 2° Guerra
Reprodução/YouTube
-
Como resultado, temos cenas assustadoras como essas
Reprodução/YouTube
-
Alguns até dissecaram para ver o que ele tinha por dentro. Em diversos fóruns e blogs de ficção, fãs começaram a escrever histórias que evocavam partes da franquia Brinquedo Assassino e parte de Gremlins
Reprodução/YouTube
-
Esse impulso contribuiu para tornar o Furby um símbolo real desses medos de brinquedos aparentemente fofos, mas que representavam ameaças muito reais e sinistras. Mesmo após a saída dele do mercado, em 2002
LEIA TAMBÉM: Passageiro inclina assento em avião e quebra tela de notebook caríssimo
Reprodução/Red Bubble
-
Em um dos momentos mais sinistros envolvendo o brinquedo, alguém teve a brilhante (de verdade!) de colocá-lo em um microondas
Reprodução/YouTube
-
Podemos ouvir o peludo cantando enquanto é derretido pelas ondas, em uma imagem que provavelmente seria traumática para uma criança desavisada
Reprodução/YouTube
-
Em 2005, a Hasbro (que havia adquirido os direitos de venda dele da Tiger Electronics) tentou colocar o Furby de volta no mercado, mas ele pareceu apenas uma peça obsoleta e sem graça. O brinquedo agora era apenas munição para os pesadelos mais obscuros do ser humano
Reprodução/YouTube
-
Em 2012, outra versão, chamada Furby Connect, com olhos de LED. Os reviews profissionais saudaram o lançamento de forma mais negativa que uma guerra mundial
NÃO PERCA: Polícia resgata jacaré do tamanho de Ariana Grande em porão de casa
Reprodução/YouTube
-
O site The Verge sintetizou muito bem o que era o Connect, e ainda relembrou o passado maldito do Furby, ao dizer que ele era um "brinquedo projetado para destruir sua alma"
Reprodução/Amazon
-
Os únicos felizes com sucessivas versões do Furby são criadores de conteúdos bizarros, que tornam o brinquedo o que ele sempre foi: um símbolo de bizarrice digna dos porões mais esquisitos da web
Reprodução/Imgur
-
Um deles é Sam Battle, que criou o FURBY ORGAN (órgão Furby), cujas notas são cantorias desses brinquedos
Reprodução/YouTube
-
É talvez o símbolo máximo do poder um tanto doentio que essa criação assume, digno de um filme de horror
NÃO VÁ EMBORA: YouTuber destrói esgoto de bairro inteiro após encher banheira de gel
Reprodução/YouTube