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É o pior pesadelo de todos: você está viajando para o exterior e perdeu algo crítico
*Estagiária do R7, sob supervisão de Filipe Siqueira
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Talvez seja sua carteira ou seu passaporte...
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Ou talvez seja o anel de noivado de 10.000 reais que você usaria para propor casamento no topo do Monte Fuji
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Se isso acontecer enquanto você estiver no Japão, fique tranquilo! Você tem uma boa chance de recuperá-lo
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Segundo dados, 83% dos celulares perdidos na cidade de Tóquio acabaram voltando aos bolsos de seus legítimos proprietários no ano passado
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Em uma cidade de 9,2 milhões de pessoas, isso pode parecer uma conquista notável, mas tudo é parte integrante de um sistema abrangente de achados e perdidos que deve ser a inveja do mundo
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O Japão emprega uma abordagem comunitária da aplicação da lei, e seu sistema de achados e perdidos é uma conseqüência natural dessa filosofia comunitária
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Os municípios mantêm um sistema de 6.300 "koban" ou caixas policiais onde qualquer bom samaritano pode depositar um item perdido ou roubado para ser devolvido ao seu proprietário
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Em 2018, mais de 4,1 milhões de itens perdidos no valor de aproximadamente 3 bilhões de ienes foram devolvidos à polícia através do koban, e esse número está realmente aumentando
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Uma lei de 2007 oferece uma recompensa de 5 a 20% do valor de um item perdido
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Você deve estar pensando agora que esse sistema, que se apóia fortemente no altruísmo da população japonesa, nunca funcionaria nos Estados Unidos
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E você provavelmente está certo ao pensar assim
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As autoridades japonesas acreditam que a eficácia do sistema se deve à cultura japonesa. As crianças em idade escolar são ensinadas a utilizar o koban desde pequenos, e o comportamento pró-social é reforçado pela polícia e pelos professores
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Mesmo que seja apenas um ou cinco ienes, o policial levaria isso a sério e lhe diria: 'Você fez um ótimo trabalho'. Eles fazem isso para cultivar a auto-estima e o senso de realização da criança
No caso a seguir, um anel foi misteriosamente devolvido para a dona 47 anos depois
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Um anel de uma turma escolar perdido em Portland (Oregon, EUA), em 1973, acaba de aparecer enterrado a 20 cm em uma floresta da Finlândia. Como isso aconteceu em um mistério dos maiores
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O caso esquisito foi tema de uma matéria do jornal Bangor Daily News. Debra McKenna, 63 anos, conta que perdeu o anel no Ensino Médio e o recebeu de volta pelos correios no último dia 6
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O anel se torna ainda mais especial pelo fato dele pertencer a Shawn, com quem ela namorou na época de escola, faculdade e com quem foi casada até 2017, quando ele faleceu, vítima de câncer
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Shawn lhe deu o anel (que era da turma da Morse High School) quando foi para a faculdade, em 1973. Foi por essa época que ela perdeu: ela o deixou na pia de uma lanchonete para lavar as mãos, o esqueceu lá, voltou para buscar, mas ele tinha sumido
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Corta para 17 de janeiro, quando Marko Saarinen estava em uma floresta em Kaarina, no oeste da Finlândia, utilizando um detector de metais para encontrar possíveis itens valiosos. E achou o anel. Com o ano (1973) e as iniciais (SM), a escola foi capaz de dizer a ele quem era o dono do anel
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Estranhamente, Shawn trabalhou na Finlândia nos anos 90, mas não via o anel há 20 anos
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