Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Assistentes de voz são sexistas, diz relatório publicado pela ONU

Produtos simulam uma personalidade feminina e reforçariam a tendência de normalizar o assédio ao responderem de forma educada até a insultos

Importadas|

Assistentes digitais reforçam estereótipos sexistas
Assistentes digitais reforçam estereótipos sexistas Assistentes digitais reforçam estereótipos sexistas

Assistentes digitais que respondem com voz feminina e que são apresentados como mulheres estão reforçando estereótipos sexistas, segundo um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado nesta quarta-feira (22).

A maioria dos assistentes, como Siri, da Apple, Alexa, da Amazon, e Cortana, da Microsoft, foi concebida para parecer femininos, dos nomes até as vozes e personalidades, diz o estudo.

Os programas são desenvolvidos para serem submissos e servis, inclusive respondem educadamente a insultos e, por isso, reforçam a tendência de gênero e normalizam o assédio sexista, disseram pesquisadores da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

"A submissão da Siri ao abuso de gênero --e a servilidade expressa por tantos outros assistentes digitais projetados como mulheres jovens-- fornece uma ilustração poderosa das tendências de gênero codificadas em produtos tecnológicos", disse.

Publicidade

Apple, Amazon e Microsoft não estavam disponíveis de imediato para comentar.

Uma porta-voz da Microsoft disse anteriormente que a empresa pesquisou opções de voz para Cortana e descobriu que "uma voz feminina serve melhor o nosso objetivo de criar uma assistente digital".

Publicidade

Os assistentes de voz se tornaram parte da vida cotidiana de muitas pessoas e hoje representam quase um quinto de todas as pesquisas na internet, disse o relatório, que argumentou que eles podem ter um impacto cultural considerável.

"O mundo precisa prestar muito mais atenção a como, quando e se as tecnologias de IA recebem um gênero e, o que é crucial, quem lhes dá um gênero", disse Saniye Gulser Corat, diretora de igualdade de gênero da Unesco.

O relatório pediu às empresas que adotem ações como parar de criar assistentes digitais com voz feminina como padrão, explorar opções de gênero neutro e programar os assistentes para que desestimulem insultos com base no gênero e a linguagem abusiva.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.