Triste, noiva de 17 é forçada a casar com homem casado de 47 anos
Reprodução/DailyMail - APEla chegou com um lindo vestido branco, todo bordado e de estilo princesa. Mas a beleza do traje contrastava com a tristeza em seu rosto. Kheda Goilabiyeva, 17 anos, parecia desapontada e infeliz durante a cerimônia celebrada em Grozny, capital da Tchetchênia.
Seu futuro marido, Nazhud Guchigov, 47 anos, esboçou um leve sorriso ao lado da noiva, que foi forçada a se casar com o aliado do presidente da Tchetchênia, Ramzan Kadyrov, após supostamente ser ameaçada de sequestro, caso não aceitasse o matrimônio.
Após ouvir três vezes a pergunta, finalmente Kheda cedeu e disse sim. Agora ela está oficialmente casada com o chefe de polícia, que já é casado com outra mulher.
Noivo, que já é casado, posa feliz ao lado da jovem noiva infeliz
Reprodução/BBC Brasil - APKadyrov, que foi empossado pelo presidente russo Vladimir Putin, deu sua aprovação pessoal ao casamento, mesmo o noivo sendo casado, a noiva contrariada e sobretudo pela aparente violação das leis russas contra a poligamia.
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Após a cerimônia de casamento, os noivos e convidados foram a um restaurante celebrar, onde Kadyrov estava presente e comemorou com danças tradicionais.
Segundo o jornal russo Novaya Gazeta, o noivo supostamente ameaçou sequestrar a adolescente, e a advertiu com “consequências desagradáveis”, caso ela ou seus pais não concordassem com a união.
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Muitos convidados que foram ao casamento não aprovavam a união do casal, devido à diferente de idade. “Eu teria matado minha filha antes de deixa-lá se casar assim”, disse uma convidada que pediu para que seu nome não fosse publicado. “Eu sou contra casamentos de pessoas muito jovens”.
Noiva chega para cerimônia de casamento
Reprodução/BBC Brasil - APAnunciado em abril, o casamento gerou protestos na Rússia e ganhou repercussão na mídia, após jornalistas alegarem que a jovem foi forçada a casar.
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A comissária de direitos humanos do Kremlin, Ella Pamfilova, denunciou o casamento como medieval, e torcia para que ele não fosse concretizado. Ela chegou a pedir sanções caso a união prosseguisse.
Para rebater as críticas, o presidente da Rússia usou sua conta no Instagram: “Estas publicações são apenas mentiras! O amor não tem idade”.
Pavel Astakhov, outro comissário dos direitos da criança da Rússia, informou que o casamento não violou leis sobre a idade mínima para a união, mas Astakhov se esquivou quando perguntado sobre poligamia.