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AIEA afirma que investigação nuclear no Irã não pode ser indefinida

Internacional|

Viena, 2 mar (EFE).- O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, expressou nesta segunda-feira sua crescente frustração pela falta de cooperação do Irã na investigação de seu polêmico programa nuclear e reiterou que esse processo "não pode continuar de forma indefinida". "Uma vez que o organismo estabeleceu uma visão total das possíveis dimensões militares (do programa nuclear iraniano), vou apresentar um relatório com nossas conclusões", assegurou. Coincidindo com uma nova rodada de negociações a mais alto nível na Suíça entre a comunidade internacional e o Irã, a Junta de Governador da agência nuclear da ONU iniciou hoje em Viena sua reunião de primavera, centrada também na República Islâmica. "O organismo segue disposto a acelerar a resolução de todos os assuntos pendentes sob o acordo marco de cooperação (entre Irã e a AIEA)", manifestou o diretor-geral do organismo. No entanto, acrescentou, isso só poderá ser conquistado se o Irã aumentar sua cooperação e oferecer pontualmente "acesso a toda informação relevante, a documentos, lugares, materiais e pessoal no Irã, como exigiu o organismo". Desde agosto, os especialistas da AIEA esperam uma resposta do Irã para esclarecer duas medidas estipuladas em maio de 2014. Além disso, a equipe de Amano segue sem receber do Irã a proposta de novas medidas para avançar na investigação das supostas dimensões militares de seu programa nuclear. Estas supostas atividades, que poderiam ter sido realizadas até poucos anos no Irã, foram denunciadas pela AIEA em novembro de 2011 com base em informações recebidas de diferentes agências de inteligência. Enquanto o Irã reitera sua vontade de seguir cooperando com a AIEA, a realidade é que em um período de um ano e meio, apenas três dos 12 pontos estipulados durante essa investigação foram tratados, criticaram diplomatas ocidentais na semana passada. A AIEA foi encarregada de supervisionar o acordo nuclear adotado pelo Irã e o denominado G5+1 (EUA., Reino Unido, França, Rússia, e China -os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU- mais Alemanha) em novembro de 2013, enquanto está sendo negociado um acordo global. Assim, as partes esperam pôr fim a mais de uma década de conflito atômico, que esteve sempre sob a sombra de um possível ataque militar, sobretudo de Israel, que se sente ameaçado pelas atividades nucleares do Irã. Por enquanto, o Irã cumpre com todos os requisitos desse acordo, como a suspensão das partes mais delicadas de seu programa nuclear, mas não coopera como a AIEA na hora de esclarecer possíveis atividades nucleares militares no passado.EFE jk/ff

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