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Alguns funcionários dos EUA se negam a emitir certidão de casamento para gays

Internacional|

Austin (EUA), 29 jun (EFE).- Após a decisão tomada na última sexta-feira pela Suprema Corte dos Estados Unidos de legalizar o casamento gay em todo o país, alguns funcionários em estados como Texas e Mississipi continuam se recusando a emitir certidões para casais do mesmo sexo. No Texas, o procurador-geral, Ken Paxton, disse no domingo que os secretários dos condados, os funcionários encarregados de emitir as certidões de casamento, podem se negar a fazê-lo por "objeção religiosa", mas também alertou que esta decisão pode acarretar em multas e processos na Justiça. Nas grandes cidades texanas - Austin, San Antonio, Houston e Dallas - a decisão da Suprema Corte está sendo aplicada com normalidade. No entanto, funcionários em pequenos condados seguiram nesta segunda-feira as orientações do conservador Paxton. "Eu defendo minha liberdade religiosa. Acho que o casamento é para um homem e uma mulher porque é assim que diz a Bíblia", disse ao jornal "The Texas Tribune" Katie Lang, secretária do condado de Hood, que tem cerca de 53 mil habitantes e fica no norte do estado. "Podem me multar e podem me processar. Mas hoje em dia podem processar você por qualquer coisa", acrescentou a secretária, que explicou que ainda não recebeu qualquer solicitação de casamento de pessoas do mesmo sexo. Em outros condados como Hill, Jackson, Burleson e Ector, seus secretários também não expediam certidões para homossexuais, mas alguns alegaram defeitos nos formulários para isso. Estas negativas fizeram com que o senador estadual democrata Rodney Ellis solicitasse hoje à procuradora-geral dos Estados Unidos, Loretta Lynch, que supervisione o estado para "garantir que os funcionários do Texas não deixem de cumprir a decisão da Suprema Corte e discriminem casais do mesmo sexo". Por outro lado, o procurador-geral do Mississipi, Jim Hood, que na sexta-feira não quis implementar a decisão do Supremo, informou hoje aos secretários do condado que não "tomará medidas" contra os que emitirem certidões para homossexuais. Após a carta, Aaron Polk e Michael Dorado se transformaram no primeiro casal gay legalmente casado no Mississipi após registrar a união no cartório da cidade de Jackson. Apesar disso, muitos dos 82 condados do Mississipi, como DeSoto, Jackson e Jones, ainda não implementaram a ordem da Suprema Corte americana. Por outro lado, na Louisiana, também no sul do país, duas funcionárias da Paróquia de Jefferson (um equivalente ao condado), Celeste Autin e Alesia Leboeuf, se casaram hoje, após 38 anos de relação, e se transformaram no primeiro casal gay oficialmente casado nesse estado. Apesar de alguns secretários, como na Paróquia de Jefferson, terem começado a emitir certidões, o estado não reconhecerá as uniões até que passem as três semanas que a Suprema Corte tem para reconsiderar a decisão. Nos outros estados em que o casamento homossexual estava proibido até a última sexta-feira - Arkansas, Kentucky, Dakota do Sul, Dakota do Norte, Missouri, Ohio, Michigan, Nebraska e Tennessee - seus funcionários começaram a emitir certidões após a decisão do Supremo. EFE at/rpr

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