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América Latina está furiosa por tratamento dado à Bolívia em caso Snowden

Internacional|

BUENOS AIRES, 3 Jul (Reuters) - Líderes sul-americanos, indignados com o desvio de um avião presidencial boliviano na Europa por causa de Edward Snowden, consideraram nesta quarta-feira a possibilidade de realizar uma reunião de cúpula de emergência para denunciar o que alguns chamaram um ato de agressão dos Estados Unidos.

O presidente boliviano, Evo Morales, estava a caminho de casa após uma conferência em Moscou na terça-feira, quando França e Portugal abruptamente impediram seu avião de usar espaço aéreo por suspeita de que estaria a bordo o fugitivo Snowden, que é procurado por Washington.

O tratamento incomum dado ao líder boliviano tocou em um nervo sensível na região, que tem uma história de golpes apoiados pelos EUA, e outros presidentes correram para apoiar Morales.

"Definitivamente, eles são todos loucos", escreveu a presidente da Argentina, Cristina Fernandez, em sua conta no Twitter depois de um telefonema de Morales, que estava em Viena durante a noite.

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Cristina descreveu Morales como contestador. "Eu não sou um ladrão", atribuiu ela ao presidente boliviano, embora ele não tenha sido capaz de evitar que funcionários austríacos de fazer uma busca seu avião. Snowden não estava a bordo.

A Nicarágua e autoridades cubanas também lamentaram o incidente.

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O grupo Unasul, formado por 12 nações e que inclui líderes de esquerda da Venezuela, Equador, Argentina e Bolívia, assim como Chile e Brasil, divulgou um comunicado chamando as ações da França e Portugal de "perigosas".

O Secretário-geral da Unasul disse que o grupo estava coordenando com os países membros para definir a data e local para uma reunião de emergência.

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Acredita-se que Snowden ainda esteja na zona de trânsito de um aeroporto em Moscou, onde vem tentando desde 23 de junho encontrar um país que lhe ofereça refúgio da acusação nos Estados Unidos de espionagem.

O presidente dos EUA, Barack Obama, alertou que dar asilo a Snowden teria custos graves.

(Por Daniel Ramos em La Paz, Marco Aquino em Lima, Louise Egan em Buenos Aires)

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