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Argentinos vão às urnas para eleger sucessor de Cristina Kirchner

Disputam o cargo o governista Daniel Scioli e o oposicionista conservador Mauricio Macri

Internacional|Do R7

Funcionário dos correios argentinos carrega urna de votação, durante o primeiro turno das eleições
Funcionário dos correios argentinos carrega urna de votação, durante o primeiro turno das eleições Funcionário dos correios argentinos carrega urna de votação, durante o primeiro turno das eleições

Os argentinos irão às urnas neste domingo (22) para eleger o sucessor da presidente Cristina Kirchner na Casa Rosada. Disputam no segundo turno da votação o governista Daniel Scioli, da Frente para a Vitória, e o oposicionista conservador Mauricio Macri, da aliança Mudemos. 

​As urnas ficarão abertas até as 19h (horário de Brasília), e os primeiros números oficiais devem sair cerca de 1h30 mais tarde. A tendência definitiva deve surgir a partir das 23h.

Nas primárias abertas, simultâneas e obrigatórias (Paso) de agosto, Scioli obteve 38,41% dos votos, contra 30,07% do seu rival. No entanto, no primeiro turno, em 25 de outubro, o governador da província de Buenos Aires alcançou 37,08% e viu Macri, com 34,33%, se aproximar.

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A escassa diferença entre ambos projetou o oposicionista, hoje prefeito da capital da Argentina, como favorito, segundo a maioria das pesquisas. Essas sondagens mostram que Macri pode ficar com grande parte dos votos obtidos pelo peronista dissidente Sergio Massa, que terminou em terceiro no pleito de 25 de outubro, com 21%.

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Além disso, o prefeito também se aproveitou do efeito positivo da vitória de sua aliada María Eugenia Vidal na disputa pela província de Buenos Aires, que sairá das mãos do peronismo pela primeira vez desde 1987. O estado concentra 37,01% do eleitorado argentino e, na história política do país, foi sempre essencial para garantir a estabilidade na Casa Rosada.

Fim da "Era Kirchner"

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Após o resultado também será definida a profundidade e a velocidade das mudanças que serão aplicadas em um modelo econômico de forte intervenção estatal que necessita de ajustes para que o país volte a crescer.

Depois de três governos de centro-esquerda peronista, os dois últimos encabeçados pela presidente em fim de mandato Cristina Kirchner, durante os quais foram criados muitos empregos e se reduziu a pobreza, a bem controlada economia argentina sofre com falta de divisas, baixa produtividade e inflação elevada.

Estimulado pelo descontentamento com a situação econômica, a beligerância do governo e a polarização em que a sociedade está mergulhada, o ex-empresário Mauricio Macri lidera as preferências para a votação na qual enfrenta o governista Daniel Scioli, que venceu o primeiro turno.

"Não queremos a abertura da economia para que todo o mundo se afunde (quebre). Nós vamos criar trabalho", disse Macri, prefeito da cidade de Buenos Aires e líder da centro-direita renovadora, ao portal de notícias Infobae.

Ambos pretendem acabar com o controle rígido das moedas, reduzir impostos, flexibilizar as restrições para as exportações e melhorar as estatísticas oficiais. Mas Scioli, ex-campeão de corridas de barcos de 58 anos, quer fazer tudo isso pouco a pouco, e Macri, de 56 anos, com uma canetada.

Apesar das coincidências, a campanha se polarizou em função da tentativa dos dois candidatos de conquistar os votos dos indecisos.

"No domingo, diante da urna, se terá que escolher entre dois caminhos, o da inclusão ou o da exclusão; o do Estado presente ou o do capitalismo selvagem e das injustiças sociais", declarou Scioli em sua página de Facebook.

A Argentina encampou na década de 1990 um modelo neoliberal caracterizado pela paridade do peso com o dólar e privatizações, que culminou com uma crise econômica traumática que deu lugar a uma vertiginosa sucessão de cinco presidentes em dez dias, a desvalorização do peso e um calote multimilionário de sua dívida.

Pouco depois, o falecido peronista Néstor Kirchner – marido e antecessor de Cristina – conquistou a presidência e impulsionou um crescimento incipiente graças à melhora do consumo doméstico e do auge dos preços das matérias primas que o país exporta.

Depois de 12 anos de kirchnerismo, e com os preços das matérias primas em queda, as reservas internacionais do país rondam cifras mínimas recordes e os generosos subsídios e a criação de empregos são cada vez mais difíceis de manter.

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