A Ásia é a região do planeta com o maior número absoluto de crianças trabalhadoras, são quase 78 milhões nesta condição. Ao passo que a África subsaariana continua sendo a região com a incidência mais alta de trabalho infantil em termos percentuais da população: 21%. No Oriente Médio e norte da África, existem 9,2 milhões de crianças trabalhadoras.
Apesar de liderança nesse triste índice, a região da Ásia e Pacífico registrou a maior queda no número de crianças submetidas ao trabalho infantil no período analisado, caindo de 114 milhões em 2008 para 78 milhões em 2012.
O número de crianças trabalhadoras também diminuiu na África subsaariana (em 6 milhões) e modestamente na América Latina (em 1,6 milhão). Esses dados encontram-se no relatório “Medir o progresso na luta contra o trabalho infantil”, divulgado nesta segunda-feira (23) pela OIT (Organização Internacional do Trabalho).
O estudo mostra que o número de crianças que trabalham no mundo caiu um terço desde 2000, baixando de 246 milhões para 168 milhões.
Segundo a OIT, a incidência do trabalho infantil é mais alta entre os países mais pobres, mas os países de renda média têm o maior número de crianças trabalhadoras.
A agricultura continua sendo o setor no qual mais existem crianças trabalhadoras (98 milhões de crianças, cerca de 59% do total). Mas o problema também existe no setor de serviços (54 milhões) e na indústria (12 milhões), a maior parte dos casos, segundo a OIT, na economia informal.
O relatório aponta ainda que o trabalho infantil entre as meninas diminuiu cerca de 40% desde 2000. Em comparação, entre os meninos, diminuiu somente 25%.