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Assassinatos triplicam em Salvador com greve da PM

Internacional|

Rio de Janeiro, 17 abr (EFE).- O número de assassinatos em Salvador disparou ontem, quarta-feira, para 21 - mais que o triplo da média diária de 2013 - durante a greve dos policiais que deixou as ruas quase sem patrulhas, informaram hoje fontes oficiais. Além do aumento dos assassinatos, no primeiro dia da greve policial a maioria dos ônibus municipais não circulou pela falta de segurança, várias lojas fecharam as portas e houve saques em supermercados e roubos massivos nas praias, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública do Estado da Bahia. Os agentes da Polícia Militar da Bahia se declararam em greve na noite de terça-feira para reivindicar aumentos salariais, que foram rechaçados pelo governo estadual porque "ultrapassam o limite orçamentário do estado". Para garantir a ordem pública, o governo federal enviou 2.500 homens do exército e outros 250 da Força Nacional, e o governador Jacques Wagner (PT) espera que 4 mil homens das Forças Armadas estejam de prontidão na capital baiana ainda hoje, e que todos esses efetivos permaneçam no estado enquanto os agentes policiais mantiverem a greve. Através de sua conta no Twitter, a presidente Dilma Rousseff afirmou que ordenou o envio das tropas para "dar apoio à segurança pública e garantir a paz" em todo o estado da Bahia. Além disso, assinalou que "é inadmissível que a segurança da população baiana fique em risco" e transmitiu seu apoio ao governador do estado, seu correligionário Jaques Wagner. Mediante uma autorização especial de Dilma, os soldados poderão realizar trabalhos de patrulhamento, detenções e outras funções policiais. A greve enfrenta também uma decisão firme do Tribunal de Justiça da Bahia, que a declarou ilegal e ordenou que todos os efetivos retomem "de maneira imediata" suas atividades para garantir a segurança. Salvador, que tem 2,8 milhões de habitantes, é também uma das mais violentas com uma taxa de 62 homicídios para cada 100 mil habitantes, segundo o Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (Cebela). Durante o mês de março de 2013 alcançou um pico de 149 homicídios nos 31 dias, o que levou às autoridades a tomar medidas especiais. Esta é a segunda vez desde que Wagner enfrenta uma greve de policiais na Bahia. A primeira paralisação foi em 2012 e durou 12 dias, nos quais foram registrados 180 homicídios na Bahia. EFE gdl/tr

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