Violência étnica no Mali continua fazendo vítimas
ORTM via Reuters TVUm grupo de homens armados atacou os povoados de Gangafané e Yoro, na região central do Mali, e matou pelo menos 41 pessoas. O ataque é mais um ato no conflito étnico que vem assolando o país nas últimas semanas
A ação aconteceu na tarde de segunda-feira (18), de acordo com fontes ouvidas pela Agência Efe. Além dos ataques, cinco pessoas foram sequestradas pelo grupo, que teria mais de 100 integrantes e chegou aos dois locais em motos.
Outras fontes levantaram a hipótese de o ataque ter sido provocado por motivos étnicos. As autoridades do Mali ainda não se pronunciaram sobre o caso.
Os casos ocorreram na região de Mopti, que fica a 50 quilômetros da fronteira do Mali com Burkina Fasso e tem sido palco, nos últimos anos, de um conflito sangrento entre integrantes de dois grupos étnicos — os dogon e os nômades peuls — pelo controle do território.
A instabilidade que afeta o Mali começou com o golpe de Estado de 2012, quando rebeldes da etnia tuaregue, com o apoio de organizações jihadistas, tomaram o controle do norte do país por dez meses.
Os jihadistas foram expulsos do Mali em 2013 graças a uma intervenção militar internacional liderada pela França, mas grandes áreas do país, sobretudo no norte e no centro, não são controladas pelo governo, o que permite a ação de grupos terroristas locais.