Ataque do PKK mata 3 soldados no sudeste da Turquia

Istambul, 4 ago (EFE).- Três militares morreram nesta terça-feira no sudeste da Turquia na explosão de uma bomba durante a passagem de uma patrulha que foi atacada depois com granadas e armas automáticas, em um modus operandi típico da guerrilha curda do PKK, à qual meios de comunicação turcos atribuem a autoria do atentado. Além dos três mortos, também ficou ferido no ataque um membro da milícia curda pró-governamental, segundo informou o jornal "Hürriyet". Com este ataque já são 19 as vítimas entre as forças de segurança turcas em ações atribuídas ao PKK desde o fim do cessar-fogo em 24 de julho, aos quais é preciso acrescentar um empregado do setor ferroviário e um civil. Durante a madrugada passada também foi registrado outro ataque com bombas na província de Bingöl, assim como tiroteios contra delegacias e obras públicas nas províncias de Diyarbakir e Hakkari, mas sem a ocorrência de vítimas, de acordo com a emissora "CNNTÜRK". Por outra parte, as forças aéreas turcas lançaram ontem pela tarde um novo ataque contra os refúgios do PKK nos montes Kandil, no norte do Iraque, como já ocorre quase diariamente desde a ruptura da trégua. No ataque participaram 10 caças F-16, que utilizaram bombas guiadas por laser, e a operação durou três horas, segundo o jornal "Milliyet". Nesta madrugada, na província oriental de Kars, ocorreu uma enorme explosão no gasoduto Baku-Erzurum, que transporta gás natural do Azerbaijão à Turquia, sem que se conheçam ainda as causas, informou a agência "Anadolu", citando fontes oficiais. O incidente, que causou a paralisação do funcionamento da maquinaria até o reparo dos danos, lembra as recentes sabotagens em um gasoduto turco-iraniano e no oleoduto que transporta petróleo do Curdistão iraquiano, ambos reivindicados pela guerrilha curda. O governo do Curdistão autônomo iraquiano cifrou em US$ 250 milhões o prejuízo causado pela sabotagem. EFE iut/rsd