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Ataques e mudanças de discurso aquecem campanha eleitoral na Argentina

 A campanha eleitoral teve muitos ataques contra o kirchnerismo

Internacional|

Faltando duas semanas para as eleições primárias na Argentina, a campanha se intensificou com mudanças de discurso e ataques ao atual governo da presidenta Cristina Kirchner
Faltando duas semanas para as eleições primárias na Argentina, a campanha se intensificou com mudanças de discurso e ataques ao atual governo da presidenta Cristina Kirchner Faltando duas semanas para as eleições primárias na Argentina, a campanha se intensificou com mudanças de discurso e ataques ao atual governo da presidenta Cristina Kirchner

Faltando duas semanas para as eleições primárias na Argentina, a campanha se intensificou com mudanças de discurso, anúncios televisivos carregados de duplos sentidos e ataques diretos entre o kirchnerismo e os candidatos das distintas forças opositoras.

O aquecimento da campanha se transformou nesta segunda-feira(27) em um dos assuntos do dia nas redes sociais, após uma explosiva coluna de opinião publicada no jornal governista "Página/12" pelo jornalista Horacio Verbitsky, diretor do Centro de Estudos Legais e Sociais (CELS).

Verbitsky acusou o líder conservador, Mauricio Macri, de mostrar "uma simpática visão do trabalho infantil" e de não registrar "a sensibilidade contemporânea perante a pedofilia". O influente Verbitsky criticou no domingo o que considera "apalpações a uma púbere entre sorrisos paternais e corrida de beijos com dois nenéns" de um dos anúncios de campanha do opositor.

As críticas contra Verbitsky não demoraram, embora não seja a primeira vez que o governo mire na propaganda televisiva de Macri, na qual o candidato visita as casas de potenciais eleitores, os abraça e se senta para conversar com eles. "Tenho uma canção e duas mãos para te abraçar", afirma o controverso estribilho da música da campanha de Macri, principal rival do candidato governista, Daniel Scioli, que perdeu seu braço direito em 1989 após um acidente com um moto aquática.

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Enquanto o partido Proposta Republicana (Pró) de Macri mantém silêncio sobre o ataque de Verbitsky, o governista Frente para a Vitória (Fpv) procura rentabilizar o momento de fraqueza dos conservadores, depois que sua vitória nas eleições municipais da capital acontecesse por uma margem menor que a esperada. Na mesma noite dessas eleições, Macri antecipou as bases de seu programa caso chegasse à presidência e, para surpresa de todos, anunciou que apoia algumas das mais polêmicas decisões do governo, como a estatização das Aerolíneas Argentinas e da YPF, apesar de seu grupo ter votado contra no Congresso.

Uma declaração de princípios que a presidente argentina, Cristina Kirchner, apressou-se em aproveitar. "Até a oposição agora nos dá a razão", disse a governante durante um recente ato público. Por sua vez, o chefe de gabinete de Cristina, Aníbal Fernández, acusou Macri de "travestir-se" e o filho da presidente, Máximo Kirchner, que também participa da campanha eleitoral como candidato a deputado, tachou a mudança de estratégia de "demonstração de hipocrisia".

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Desta vez houve resposta do Pró e o prefeito eleito de Buenos Aires e afilhado político de Macri, Horacio Rodríguez Larreta, criticou o primogênito da presidente por "contestar agressivamente, fazendo parecer que é uma questão genética". Até o peronista dissidente Sergio Massa, líder da Frente Renovadora (FR) e terceiro colocado na corrida presidencial, segundo as pesquisas, entrou na polêmica sobre o discurso de Macri.

"Vinha falando de mudança, mudança, mudança, e o que mudou foi ele", afirmou Massa, que escolheu o slogan de campanha "O ódio se vai" para acompanhar imagens de um bebê que chora quando contempla os momentos de maior tensão vividos durante os anos do governo de Cristina. Até a apresentadora Mirtha Legrand, ícone da televisão argentina, contribuiu para aquecer o ambiente ao afirmar durante seu programa que Cristina Kirchner "é uma ditadora".

"É cheia de caprichos. Muito autoritária. Não gosto de sua forma de conduzir o país (...). O país não tem liberdade", opinou Legrand. A presidente não respondeu porque, segundo disse, não vê o programa de Legrand, mas Aníbal Fernández considerou que a apresentadora "perdeu os freios" e qualificou de "susto" suas palavras.

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