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Atentado em Boston encerra uma década sem terrorismo nos EUA

Quantidade de ataques terroristas foi 40% maior na década anterior ao 11 de Setembro do que na década posterior

Internacional|

Vigília em Boston foi realizada ontem à noite em memória de Martin Richard, menino de oito anos que morreu na dupla explosão
Vigília em Boston foi realizada ontem à noite em memória de Martin Richard, menino de oito anos que morreu na dupla explosão Vigília em Boston foi realizada ontem à noite em memória de Martin Richard, menino de oito anos que morreu na dupla explosão

O atentado a bomba durante a Maratona de Boston, na segunda-feira (15), representou o fim de mais de uma década na qual os Estados Unidos viveram, surpreendentemente, poucos ataques terroristas, sobretudo em virtude de leis e táticas mais duras aplicadas após os atentados de 11 de setembro de 2001.

Na verdade, o 11 de Setembro foi uma anomalia em meio ao gradual declínio de ataques terroristas vivenciado pelos EUA desde os anos 1970, segundo dados do Global Terrorism Database, uma das principais fontes de estatísticas terroristas, que é mantida por pesquisadores da Universidade de Maryland.

Desde 2001, o número de mortes em ataques terroristas atingiu dois dígitos apenas em um ano, 2009, quando um psiquiatra das Forças Armadas matou 13 pessoasem Fort Hood, Texas. Segundo a base de dados, os números mostram um grande contraste com a década de 1970, de longe a mais violenta delas com relação a ataques terroristas. Os números começaram a ser coletados nessa mesma década.

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Mas a quantidade de pessoas atingidas na dupla explosão de Boston, que deixou três mortos e 176 feridos, coloca este atentado entre os mais graves da história recente dos Estados Unidos, ficando atrás apenas do 11 de Setembro, dos primeiros ataques ao World Trade Center, em 1993, das explosões de 1995 em Oklahoma City e do envenenamento com salmonela em restaurantes do Oregon, em 1984, cometido por um grupo religioso.

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“Eu acho que as pessoas ficam surpresas hoje quando descobrem que os EUA vivenciam um declínio constante de atentados terroristas desde a década de 1970”, diz Gary LaFree, criminologista da Universidade de Maryland e diretor do Consórcio Nacional para o Estudo do Terrorismo e Respostas ao Terrorismo, órgão que mantém a base de dados.

Nos anos 1970, cerca de 1.350 ataques foram cometidos por uma longa lista de grupos radicais, incluindo extremistas da esquerda e da direita, pessoas que defendem a supremacia branca, porto-riquenhos e militantes negros, segundo LaFree.

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De acordo com o pesquisador, os números caíram na década de 1980, à medida que os grupos eram desmantelados, e também na década de 1990, após o colapso da União Soviética, que mantinha ou acobertava militantes radicais de esquerda.

LaFree afirma que a quantidade de ataques terroristas foi 40% maior na década antes do 11 de setembro de 2001 do que na década posterior.

— Em razão do 11 de Setembro, mudou a forma como a lei trata esse tipo de problema. Lideradas pelo FBI, agências policiais são mais proativas. Elas estão interrompendo os planos de ataques antes que eles sejam levados a cabo.

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