Chiara D’Angelo está acorrentada ao navio há três dias
Reprodução/independent.co.ukUma ativista de 20 anos está pendurada há três noites na âncora de um navio de apoio das operações de perfuração de petróleo da Royal Dutch Shell, na baía de Bellingham, ao norte de Seattle, nos Estados Unidos. A jovem disse que ficará no local até quando tiver forças.
Chiara D’Angelo se acorrentou à âncora na sexta-feira (22) para, segunda ela, chamar atenção para o aquecimento global e para os danos que a exploração de petróleo pode causar no Ártico. Outro ativista também se acorrentou ao navio, porém ele deixou o local no domingo (24).
De acordo com um porta-voz dos ativistas, eles estão protestando contra o plano da Shell para a perfuração no Ártico. Segundo ele, o navio é uma embarcação de resgate, utilizada no caso de um vazamento de óleo, o que levanta dúvidas sobre a eficácia da empresa na prevenção de desastres ambientais como a explosão da plataforma Deepwater Horizon, no Golfo do México.
A guarda costeira local afirmou que não tem intenção de retirar a força os ativistas da embarcação.
Na semana passada, centenas de ativistas em caiaques invadiram Elliott Bay para protestar contra os planos da Shell. Esses ativistas também expressaram preocupação sobre o risco de um derramamento de óleo nas remotas águas árticas e as consequências das operações no aquecimento global.
No início deste mês, o governo dos Estados Unidos aprovou com condições um plano da Royal Dutch Shell para explorar neste verão [boreal] petróleo e gás natural no Oceano Ártico. A empresa planeja investir R$ 3,1 bilhões (US$ 1 bilhão) em seu projeto no Ártico neste ano, somando isso aos R$ 18,6 bilhões (US$ 6 bilhões) que ela já gasta com exploração offshore no Alasca nos últimos oito anos.