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Baltimore vive onda de violência sem precedentes meses após morte de jovem negro

Desde a morte de Freddie Gray, cidade registrou o dobro de mortes em relação ao ano passado

Internacional|

Mês de maio registrou a maior marca mensal de homicídios na cidade desde 1971
Mês de maio registrou a maior marca mensal de homicídios na cidade desde 1971 Mês de maio registrou a maior marca mensal de homicídios na cidade desde 1971

Baltimore, a cidade americana que foi notícia no mundo todo devido aos protestos pela morte do jovem negro Freddie Gray enquanto estava sob custódia policial, se encontra imersa em uma onda de violência e homicídios sem precedentes. Desde a morte de Gray, em 19 de abril, até junho, Baltimore registrou 80 homicídios, quase o dobro dos 42 noticiados no mesmo período do ano passado, e muito acima dos 53 de 2013, dos 48 de 2012 e dos 45 de 2011.

O mês de maio, posterior aos intensos distúrbios nas ruas de Baltimore, registrou 43 homicídios, a maior marca mensal desde 1971, quando a cidade tinha cerca de um terço a mais de população que atualmente, e o número de vítimas de homicídio se manteve excepcionalmente alto em junho e julho.

As últimas vítimas desta onda de violência foram três pessoas que morreram na terça-feira (7) após serem feridas por tiros perto do campus da Universidade de Maryland. A crise vivida há mais de dois meses pela maior cidade do estado de Maryland causou nesta quinta-feira (9) a queda do chefe de polícia Anthony Batts, que foi o rosto mais visível das autoridades durante as manifestações e um dos mais criticados pelo modo de agir. 

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Ao anunciar a saída do policial, a prefeita democrata Stephanie Rawlings-Blake afirmou que, ao longo das últimas semanas, o debate sobre a liderança de Batts à frente do departamento de polícia se tornou "uma distração" na luta contra a onda de violência. Batts é criticado por uma suposta falta de apoio à corporação que comandava, pela condenação de seis agentes supostamente envolvidos na morte de Gray e por suas ordens de não agir contra os manifestantes violentos. 

Tudo isso minou a confiança dos cerca de 2,5 mil efetivos que formam a polícia de Baltimore em seu principal representante, o que resultou um relaxamento dos agentes em suas funções. Paralelamente ao aumento dos homicídios, o número de detenções na cidade (uma das mais violentas dos EUA) reduziu drasticamente.

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"Eles (os agentes) pensam: 'Se eu cometer um erro, o que essa administração vai fazer comigo? Serei o próximo a ser suspenso? Serei o próximo a receber acusações criminais?", disse o tenente Kenneth Butler, líder do sindicato policial Vanguard Justice Society de Baltimore. 

A CNN exibiu uma entrevista com dois agentes da polícia da cidade, com a voz distorcida e o rosto encoberto, que disseram se sentir "abandonados" por Batts e "assustados" por correrem o risco de ser acusados criminalmente por fazer o que consideram ser seu trabalho. "Os criminosos sentem que não vamos correr o risco de persegui-los se estiverem armados e aproveitam esta oportunidade", declarou um dos agentes entrevistados.

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A polícia reclama que não pode mais patrulhar como antes pelas ruas de Baltimore, já que quando suspeitam de alguém e procedem a sua detenção, os cidadãos os cercam imediatamente para tentar evitar e gravar o ato com seus telefones celulares. Diante desta situação, e com o medo de correr o mesmo risco que seus seis colegas que enfrentam acusações criminais pela morte de Gray, muitos optam por minimizar os riscos e evitar atuações além do necessário.

Embora o aumento da violência em Baltimore seja atribuído aos incidentes após a morte de Gray, outras cidades americanas como Nova York e Chicago vivem situações parecidas, com uma elevação de até 20% no número de homicídios.

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