Ban Ki-moon pede solução "pacífica" para crise no Iêmen

Sharm el-Sheikh (Egito), 28 mar (EFE).- O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu neste sábado para que seja resolvida de forma "pacífica" a crise no Iêmen, onde na quinta-feira uma coalizão árabe começou a bombardear posições dos rebeldes houthis. Em seu discurso perante líderes, durante a cúpula da Liga Árabe na cidade egípcia de Sharm el-Sheikh, Ban declarou que as "negociações são a única opção" para acabar com o conflito entre os houthis e o presidente iemenita, Abdo Rabbo Mansour Hadi. "Espero ansiosamente que nesta cúpula da Liga Árabe os líderes estabeleçam caminhos claros para resolver pacificamente a crise no Iêmen", acrescentou. Ban também solicitou a todas as partes iemenitas envolvidas no conflito que retornem "o mais rápido possível a um diálogo político de inclusão". Durante o pronunciamento, o secretário-geral da ONU também mencionou a guerra na Síria e expressou sua "cólera e vergonha" pela situação nesse país. A ira, segundo ele, se deve ao fato de o governo sírio e os grupos terroristas estarem destruindo o país, enquanto a vergonha é causada pelo "fracasso da comunidade internacional" em conter o conflito. Sobre o aumento da violência e do terrorismo na região, Ban ressaltou que "as medidas de segurança e militares são necessárias, mas que não resolverão os problemas". O representante da ONU pediu que sejam respeitados os direitos humanos porque é contraproducente que cometer abusos na luta contra o extremismo. Ban Ki-moon também se referiu ao conflito entre Israel e Palestina, repudiando os assentamentos israelenses nos territórios ocupados, que constituem "um sério impedimento para a paz". A cúpula árabe está marcada pela recente intervenção no Iêmen e os conflitos em países como Síria, Iraque e Líbia, assim como pelo auge dos grupos terroristas, como o Estado Islâmico (EI), em muitos países da região. EFE mv-ms/vnm