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Banco Mundial: Pobreza extrema cai, mas meta não será cumprida

Sem mudanças de políticas significativas, cerca de 480 milhões de pessoas continuarão na pobreza extrema, a maioria em países africanos pobres

Internacional|

Cerca de 6% da população mundial deve estar na pobreza extrema em 2030
Cerca de 6% da população mundial deve estar na pobreza extrema em 2030 Cerca de 6% da população mundial deve estar na pobreza extrema em 2030

O número de pessoas que vivem com menos de US$ 1,90 por dia (R$ 7,85/dia) no mundo diminuiu para cerca de 655 milhões, ou 9% da população mundial, mas a meta global de acabar com a pobreza extrema até 2030 dificilmente será cumprida, alertou o Banco Mundial nesta quarta-feira (19).

Sem mudanças de políticas significativas, cerca de 480 milhões de pessoas - aproximadamente 6% do mundo - continuará na pobreza extrema em 2030, a maioria em países africanos pobres que estão ficando para trás, disse a entidade em uma previsão.

"A taxa de pobreza global hoje é a mais baixa já registrada", disse o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim.

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"Mas se formos acabar com a pobreza até 2030, precisamos de muito mais investimento, particularmente na formação de capital humano, para ajudar a promover o crescimento inclusivo que será preciso para chegar aos pobres restantes".

Erradicar a pobreza extrema até 2030 é uma meta central dos 17 objetivos globais de desenvolvimento acordados pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2015.

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Mas ao menos 10 por cento dos habitantes da África subsaariana continuarão na pobreza extrema até 2030 "em todos, menos o mais otimista, dos cenários", disse o banco.

O mundo não está oferecendo ajuda suficiente - muitos países não cumprem a meta da ONU de gastar 0,7% do Produto Interno Bruto com auxílio - ou direcionando-a aos mais necessitados, disse o centro de estudos Instituto de Desenvolvimento Estrangeiro (ODI), sediado em Londres, na semana passada.

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"Países de renda média recebem 10 vezes a quantidade de ajuda dos países de renda baixa, e está claro que essa não é uma maneira sensata de dar ajuda", disse o autor do documento, Marcus Manuel, à Thomson Reuters Foundation. "Precisamos inverter isso".

Selim Jahan, diretor do Escritório de Acompanhamento do Desenvolvimento Humano da ONU - que produz um relatório anual de indicadores essenciais como saúde, educação e renda - discordou da análise do ODI, mas concordou a respeito da necessidade de mais fundos e ações.

"Houve um progresso considerável na redução da pobreza extrema", disse.

Conheça a região onde a pobreza extrema 'convive' com as joias mais caras do mundo:

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