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A definição de terrorismo atualmente é extremamente ampla e controversa. Diversos grupos que recorrem à violência armada podem ser classificados como terroristas por alguns grupos e Estados, enquanto são apoiados por outros
AP Photo/Bela Szandelszky
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Pró-reitor acadêmico e professor de Relações Internacionais da Faculdade Belas Artes, Sidney Leite, afirma que 'definir
um terrorista não é uma tarefa fácil'
Reprodução/DailyMail
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— Os estados do Oriente Médio, por exemplo, definem como terrorista
praticamente todos aqueles que fazem oposição aos governos estabelecidos
AFP PHOTO/HO/SYRIAN PRESIDENCY MEDIA OFFICE
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Compilar todos os grupos considerados terroristas no mundo inteiro é uma tarefa praticamente impossível. No entanto, o R7 explica quem são alguns dos principais e por quem são apoiados e combatidos
Zain Karam/Reuters
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Estado Islâmico: o grupo terrorista do qual mais se ouve falar nos últimos tempos declarou um califado em regiões da Síria e do Iraque em 2014, e desde então vem chocando o mundo com execuções crueis e atentados violentos
Reprodução/ BBC
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O grupo conseguiu se expandir graças à instabilidade política gerada na Síria, com a guerra civil entre os rebeldes e as forças do ditador Bashar al Assad, e no Iraque, com o caos gerado após a invasão do país e a derrubada de Saddam Hussein pelos EUA em 2003
Reprodução/ BBC
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A organização se espalhou pelo mundo árabe, e, atualmente, existem grupos que se dizem afiliados ao Estado Islâmico em países como o Egito, Turquia, Kuwait, Arábia Saudita, Líbia, Tunísia, Palestina e Nigéria
Reprodução/Daily Mail
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Atualmente, todos os grupos que lutam na guerra civil da Síria combatem o Estado Islâmico, como os curdos no Norte, as forças governistas no oeste, o Hezbollah, o Exército Livre da Síria e as coalizões internacionais lideradas pelos Estados Unidos — que inclui também a França, Grã-Bretanha, Arábia Saudita, Turquia, dentre outros aliados
Reprodução/ Daily Mail
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A Arábia Saudita financia e fornece armas para diversos grupos rebeldes na Síria. Apesar de negar apoiar o Estado Islâmico, cerca de 2,5 mil cidadãos sauditas se incorporaram ao grupo terrorista até 2015, e milhões de dólares foram doados aos extremistas por milionários do país
Reprodução/Facebook
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Nos últimos meses de 2015, a Rússia também iniciou sua própria intervenção na Síria, declarando que iria atacar o Estado Islâmico. No entanto, surgiram relatos de ataques a bases rebeldes que lutam contra o ditador Bashar al Assad
Agência Estado/AP
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Al Assad é aliado da Rússia e está no poder na Síria desde 2000. Ele é acusado de diversos crimes humanitários relacionados à Guerra Civil Síria
Reprodução Rede Record
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O Irã, país de maioria muçulmana xiita, também apoia a permanência do ditador no poder na Síria
Reuters
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Exército Livre da Síria: uma das principais forças de oposição ao governo al Assad, o Exército Livre da Síria é um dos mais relevantes grupos rebeldes que atuam na guerra civil síria
Hamid Khatib/REUTERS
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O grupo armado é formado, principalmente, por ex-soldados do exército sírio
27.10.13/REUTERS/Hamid Khatib
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O governo al Assad considera o Exército Livre da Síria como um grupo terrorista, assim como a Rússia. Já os países da coalizão liderada pelos EUA, não
Khalil Ashawi/REUTERS
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Al Qaeda: o grupo terrorista responsável pelos ataques de 11 de setembro também está presente no conflito sírio, por meio do grupo Frente al Nusra. A organização também não é apoiada por nenhum país formalmente, mas alguns meios de comunicação russos acusam os EUA de terem fornecido combate e armas para os extremistas
Reprodução/Daily Mail
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A Al Qaeda também está presente em outros conflitos e regiões do Oriente Médio e na África, principalmente no sul do Iêmen, Iraque, Mali, Magreb e Sahel, Líbia, Paquistão, dentre outros
AP Photo/Edlib News Network ENN
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Hezbollah: a organização islâmica xiita atua no conflito sírio ao lado das forças do governo Bashar al Assad
AP Photo/Bilal Hussein
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Estados Unidos, União Europeia, Israel e a maioria dos países sunitas do Oriente Médio consideram a organização como terrorista
25.02.14/AFP PHOTO/STR
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Rússia e Irã não consideram o grupo, que luta pela destruição do Estado de Israel e tem o sul do Líbano como principal reduto, como terrorista
Reprodução/Aljazeera.com
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Curdos: os curdos são uma minoria étnica que reside no norte da Síria, norte do Iraque, oeste do Irã e, principalmente, no sul da Turquia
Reprodução
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Na Síria, os curdos — considerados rebeldes pelo governo Bashar al Assad — conseguiram ganhar autonomia em regiões no norte do país, e lutam contra o avanço do Estado Islâmico em direção à Turquia
Reprodução
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Os curdos são um dos principais aliados dos Estados Unidos na guerra ao Estado Islâmico na Síria
Reprodução/ Facebook
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Já o PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão) atua intensamente na Turquia, e reivindica autonomia para os curdos que vivem no país
Reprodução
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O grupo é considerado uma organização terrorista pela Turquia, assim como por alguns países ocidentais
Reprodução/Facebook
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Taleban: esse grupo fundamentalista islâmico chegou a governar efetivamente o Afeganistão entre 1996 e 2001, apesar de não ter seu governo reconhecido pela comunidade internacional
Arif Karimi/AFP
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Apenas o vizinho Paquistão, onde o grupo também tem atuação, os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita reconheceram a gestão do Taleban a frente do país
19.01.14/ KARIM ULLAH/AFP
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Em 2001, uma intervenção dos Estados Unidos tirou os extremistas do poder, mas jogou o Afeganistão em um caos político que permanece até hoje
AP
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O Taleban é oficialmente considerado uma organização terrorista pelos Estados Unidos, Rússia e União Europeia
AP
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Boko Haram: o grupo fundamentalista islâmico considerado o mais mortal do mundo em 2015 atua no norte da Nigéria e sul do Níger
bbc
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Também em 2015, a organização declarou lealdade ao Estado Islâmico
Reprodução/ BBC
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Al Shabaab: no Quênia e na Somália, países localizados no leste da África, o grupo extremista Al Shabaab promove ações violentas para tentar impor a sharia (lei islâmica) na região
Reprodução/ YouTube
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A facção declarou sua lealdade ao Estado Islâmico em outubro de 2014
Reprodução/ BBC
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Península do Sinai: o grupo extremista islâmico que atua na região do Sinai, no Egito, é outro que declarou lealdade ao Estado Islâmico em 2015
REUTERS/Mohamed Abd El Ghany
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O grupo ganhou destaque na mídia internacional ao assumir o atentado à bomba contra um avião russo que caiu na região do Sinai, semanas após o governo da Rússia iniciar os bombardeios contra redutos do Estado Islâmico na Síria
REUTERS/Mohamed Abd El Ghany
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Houthis: os rebeldes xiitas que atuam contra o governo no Iêmen são combatidos pela coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita com o apoio dos Estados Unidos. A monarquia saudita e os Emirados Árabes Unidos os consideram terroristas
REUTERS/Mohamed al-Sayaghi
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Por outro lado, o Irã, país de maioria xiita, apoia os rebeldes houthis
Reprodução/aljazeera.com
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Hamas: a organização palestina, que inclui um ramo político e um braço armado, é um movimento fundamentalista islâmico que atua nos territórios palestinos dentro do Estado de Israel
Reprodução
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Países como Estados Unidos, União Europeia, Japão, Israel e Canadá consideram o Hamas uma organização terrorista
Reprodução
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Outros países ocidentais consideram apenas o braço armado do grupo como terrorista. A Rússia e o Brasil, além de boa parte dos países do Oriente Médio, não consideram o Hamas terrorista
Reprodução
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Irmandade Muçulmana: Essa organização política de viés islâmico sunita surgiu no Egito nos anos 1920 e influenciou a criação de diversos outros grupos islâmicos no mundo árabe nos anos seguintes, como o Hamas
KHALED MAHMUD/AFP
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A Irmandade luta pela imposição da sharia (lei islâmica) e é considerada uma das precursoras do terrorismo islâmico. Países como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Barein, Rússia e Síria consideram a Irmandade Muçulmana uma organização terrorista
AP Photo/Nasser Nasser
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No Egito, após a derrubada do ditador Hosni Mubarak, o candidato da Irmandade, Mohhamed Mursi, foi eleito presidente do país, caindo um ano depois devido a protestos em massa contra seu governo, acusado de tentar impor uma 'islamização forçada' do país
REUTERS/Mohamed Abd El Ghany
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FARC: a guerrilha intitulada Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia atua há anos no país sul-americano, tendo assassinado milhares de pessoas e promovido atentados contra prédios e membros do governo colombiano
Reprodução/ BBC
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A Colômbia, assim como os Estados Unidos, a União Europeia e alguns países latinoamericanos consideram as FARC terroristas. Outros, inclusive o Brasil, não
AP
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Recentemente, as FARC e o governo colombiano deram um passo importante na direção de um acordo de paz, que deve ser assinado em março, e concordaram com os termos de reparação às vítimas do conflito
Reprodução/ BBC
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ELN (Exército de Libertação Nacional): o ELN é hoje o segundo maior grupo armado da Colômbia. De viés marxista, a organização foi fundada após a Revolução Cubana. Alguns países ocidentais, como Canadá e Estados Unidos, consideram o Exército de Libertação Nacional terrorista. Outros, como o falecido líder venezuelano Hugo Chávez, classificam-os como 'insurgentes'
Reprodução
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República Popular de Donetsk e Lugansk: os insurgentes pró-russos que declararam as Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk no leste da Ucrânia são considerados terroristas pelo governo do país
AFP / ALEXANDER KHUDOTEPLY
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Os rebeldes começaram as disputas com as autoridades na região dias após a queda do presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch — alinhado políticamente com a Rússia — nos protestos que ficaram conhecidos como Euromaidan em 2014
AFP/ALEXANDER KHUDOTEPLY
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Uigures: os uigures são uma minoria étnica chinesa, em sua maioria, islâmica, que luta por independência do país asiático
Reprodução
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A etnia uigur está amplamente presente na região autônoma de Xinjiang, no oeste da China. Os uigures são constantemente oprimidos pelas autoridades chinesas, que tentam reprimir suas manifestações culturais e sua língua
Reprodução
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Nos últimos meses, o número de atentados envolvendo uigures no oeste da China vem aumentando
Reprodução
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Com isso, o governo da China está tentando enquadrá-los na luta global contra o terrorismo
Reprodução
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A Rússia também é palco frequente de atentados terroristas. A maioria dos ataques vem de grupos que reivindicam autonomia para minorias étnicas ou para regiões, principalmente no Cáucaso
Agência Estado/AP
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País de maioria hindu, a Índia frequentemente é atacada por terroristas extremistas e separatistas, como os Mujadihin do Decão. Regiões próximas das fronteiras, como o Estado do Punjab e a Caxemira, são alvos comuns de atentados
Reprodução/ The New York Times
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No Sri Lanka, os Tigres de Liberação do Tamil Eelam é um grupo armado que reivindica um Estado independente para o povo tâmil. As atividades da organização resultaram em uma guerra civil no país asiático que durou 26 anos
Reprodução