Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Berlusconi diz ter reatado amizade com Putin e que ganhou 20 garrafas de vodca de presente 

Declaração foi feita em uma reunião fechada do partido do ex primeiro-ministro; Força Itália alega ser 'uma velha história'

Internacional|

Silvio Berlusconi foi dono do Milan, clube de futebol italiano,
por mais de 30 anos
Silvio Berlusconi foi dono do Milan, clube de futebol italiano, por mais de 30 anos Silvio Berlusconi foi dono do Milan, clube de futebol italiano, por mais de 30 anos

O ex-primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi, que está envolvido em negociações para a formação do novo governo do país, confessou ter retomado a amizade com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, de acordo com uma gravação vazada.

"Os ministros russos disseram que estamos em guerra com eles porque fornecemos armas e financiamento à Ucrânia. Pessoalmente não posso expressar minha opinião, porque, se for dito à imprensa, seria um desastre. Mas estou muito, muito, muito, muito preocupado", disse o político e magnata em um evento a portas fechadas com parlamentares de seu partido, o Força Itália, em um áudio divulgado pela agência LaPresse.

"Depois de muito tempo, retomei as relações com o presidente Putin, que me enviou 20 garrafas de vodca e uma carta muito amabilíssima pelo meu aniversário [em 29 de setembro]. Respondi com garrafas de Lambrusco [vinho] e uma carta igualmente gentil", acrescentou.

Berlusconi também disse que o presidente russo o considera "o primeiro de seus cinco verdadeiros amigos".

Publicidade

O Força Itália negou que essas declarações tenham sido feitas no atual contexto da guerra na Ucrânia, alegando que é "uma velha história contada a seus parlamentares sobre um episódio de muitos anos atrás".

O político conservador, de 86 anos, está atualmente envolvido em negociações para a formação do próximo governo, juntamente com seus parceiros de coalizão, a Liga, do ultradireitista Matteo Salvini, e o Irmãos de Itália, de Giorgia Meloni, esse último o partido vencedor das eleições de 25 de setembro.

Publicidade

Salvini é um admirador de Putin há anos, e Berlusconi se considera amigo do líder russo, enquanto Meloni, que provavelmente será a próxima primeira-ministra, expressou determinação em continuar apoiando a resistência ucraniana.

Berlusconi já se manifestou — gerando controvérsias — em várias ocasiões desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em 24 de fevereiro.

Publicidade

Em 23 de setembro, dois dias antes das eleições gerais, ele atenuou sua posição sobre a guerra, dizendo que ela era "injustificável e inaceitável", depois de afirmar que Putin havia sido empurrado para o conflito por seus ministros e seu partido.

Após a invasão, levou um mês e meio até Berlusconi reconhecer, em 9 de abril, que estava "profundamente decepcionado" com seu velho amigo russo por causa da invasão da Ucrânia.

"Não posso e não quero esconder o fato de que estou profundamente decepcionado e ferido pelo comportamento de Vladimir Putin, que assumiu uma responsabilidade muito séria diante do mundo inteiro. Esta é uma agressão sem precedentes contra um país neutro que luta por sua liberdade", afirmou ele em um evento.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.