O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, recusou-se nesta segunda-feira (28) a se retratar após dizer que o seu homólogo russo, Vladimir Putin, "não deve permanecer no poder". O americano afirma que expressou "uma indignação pessoal", e não "uma política" em favor da mudança de regime.
"Não me retrato de nada. Quero deixar claro que não estava nem no momento, nem agora, articulando uma mudança de política. Eu estava expressando a indignação moral que sinto. Não peço desculpas por meus sentimentos pessoais", disse Biden a repórteres na Casa Branca.
Vários líderes e analistas independentes consideraram um erro o comentário de Biden, feito em Varsóvia, no fim de uma viagem diplomática de três dias.
"Pelo amor de Deus, esse homem não pode permanecer no poder", afirmou o presidente dos Estados Unidos.
Biden disse que não está preocupado com a escalada das tensões com Putin após os comentários. "Eu me dirigia ao povo russo, dizendo a eles o que pensávamos. [...] Eu não me importo com o que ele pensa", acrescentou.
O governo ucraniano afirma que até 10 mil pessoas podem ter sido mortas desde o início da invasão de Putin, há mais de um mês.
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Ataques russos perto de Kiev cortaram a eletricidade de mais de 80 mil casas, apesar de Moscou aparentemente anunciar que mudaria seus objetivos de guerra para se concentrar no leste da Ucrânia.
Biden deixou as portas abertas, no entanto, ao afirmar que uma reunião com Putin dependeria "do que ele quer falar", considerando "se há algo em um encontro que possa acabar com esta guerra e reconstruir a Ucrânia".
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