A Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA, na sigla em inglês) vai avaliar os controles do Boeing 737 MAX nesta quarta-feira (30).
O modelo do avião está em solo desde março de 2019, depois de dois acidentes aéreos, na Etiópia e na Indonésia, que deixaram 346 mortos.
Na época, investigações apontaram que os pilotos não haviam sido treinados o suficiente para entender como o novo sistema operacional do avião funcionava, e isso causou as duas quedas.
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O chefe da FAA, Steve Dickson, ex-piloto militar e comercial, será o responsável pela avaliação de duas horas em Seattle. Segundo a Reuters, não é comum um chefe da administração voar em um modelo antes de permitir que ele volte às operações.
Dickinson disse antes que não assinaria a permissão do 737 antes de pilotar o avião e acreditar que “colocaria a minha própria família dentro dele sem pensar duas vezes”.
Mesmo depois das quedas e de um modelo sem permissão para voar nos EUA, as ações da Boeing subiram 6,7%.
O 737 MAX foi proibido de voar ou cruzar território aéreo em diversos países depois dos acidentes, mas segue em operações no Brasil.
Caso o avião passe nos testes de hoje, ele poderá voltar a ser utilizado nos EUA em novembro.