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Bolívia extradita ex-assessor de Humala acusado de corrupção ao Peru

Internacional|

La Paz, 29 mai (EFE).- O governo da Bolívia entregou nesta sexta-feira às autoridades peruanas o empresário Martín Belaúnde Lossio, ex-assessor do presidente do Peru, Ollanta Humala, capturado ontem na Amazônia boliviana quatro dias depois após sua fuga de La Paz, para que responda em seu país por acusações de corrupção. O presidente Evo Morales pôs o empresário à disposição de uma delegação de autoridades e agentes peruanos na ponte internacional de Desaguadouro, cidade na divisa entre Bolívia e Peru, cerca de 100 quilômetros ao leste de La Paz. Protegido com um colete à prova de balas e algemado, o empresário cruzou a ponte a pé. Segundo fontes oficiais peruanas, ele será transferido para um presídio de segurança máxima de Lima. Em uma breve declaração à imprensa após a extradição do peruano, Morales afirmou que "a Bolívia não será refúgio de corruptos nem delinquentes". Lossio foi recebido pelo procurador anticorrupção do Peru, Joel Segura, e o chefe da Interpol no país, Luis Bisso. O empresário, que em 2006 foi assessor eleitoral de Humala, estava sendo procurado desde o último domingo, quando fugiu da casa de parentes bolivianos em La Paz, onde cumpria prisão domiciliar a espera do processo de extradição. Equipes da polícia e militares capturaram Lossio na tarde de ontem na cidade de Magdalena, na região de Beni, no nordeste do país, fronteiriça com o Brasil. O peruano, segundo o perfil no Twitter do Ministério do Governo da Bolívia, estava escondido embaixo de uma cama quando foi encontrado pelos agentes. Ele está "em perfeitas condições de saúde" e não sofreu "um único arranhão", completou em entrevista coletiva o titular da pasta, Carlos Romero. As palavras do ministro desmentem a versão de Lossio, que pouco depois fuga declarou à imprensa peruana que foi sequestrado em La Paz e escapou dos criminosos se jogando de um veículo em movimento. Após a entrega de Lossio, Morales afirmou que a Bolívia combate a corrupção por uma questão de dignidade, moral e ética. E pediu que os estrangeiros corruptos não o confundam com o presidente americano, Barack Obama, nem a Bolívia com os Estados Unidos. O governo boliviano acusou os EUA de ser um "refúgio dos delinquentes" devido à recusa de Washington de extraditar o ex-presidente Gonzalo Sánchez de Lozada (1993-1997 e 2002-2003). Lozada é acusado no país de ter responsabilidade na morte de mais de 60 pessoas em setembro e outubro de 2003, durante a repressão contra manifestantes que protestavam contra um projeto de exportação de gás aos americanos através de um porto do norte do Chile. Morales também anunciou que continuarão os processos contra todas as pessoas presas por envolvimento na fuga de Lossio. EFE gb/lvl (foto)

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