Pelo menos 92 supostos insurgentes morreram em bombardeios do Exército paquistanês nas regiões tribais do Waziristão do Norte e Khyber, no noroeste do Paquistão, onde estão acontecendo várias operações militares.
Os ataques das forças militares foram feitos ao longo de terça-feira (27) e nele morreram 76 insurgentes no Waziristão do Norte e 16 em Khyber, segundo vários comunicados do serviço de comunicação do Exército do Paquistão (ISPR) divulgados nesta quarta-feira (28) pelo jornal local "Dawn".
Em um dos bombardeios no Waziristão do Norte, 53 insurgentes morreram, "entre eles 12 estrangeiros". Além disso, foram destruídos seis refúgios, depósitos de munição e sete veículos carregados com explosivos, de acordo com o ISPR.
Segundo o Exército, os 16 mortos nos ataques aéreos em vários pontos do Vale de Tirah, em Khyber, pertenciam ao principal grupo talibã do Paquistão, o TTP, e a outro grupo insurgente, o Lashkar-e-Islam.
O Exército paquistanês lançou a operação Khyber I em meados de outubro do ano passado contra os insurgentes que se refugiam nessa região tribal do país asiático.
Meses antes, em junho, os militares paquistaneses começaram a operação "Zarb-e-Azb" (Afiado e cortante) no Waziristão do Norte, que deixou mais de mil de mortos.
O TTP foi responsável pelo massacre de 132 crianças e 12 professores em uma escola militar em meados de dezembro, na cidade de Peshawar, como vingança pelas operações do Exército.
Após o ataque, o Exército paquistanês intensificou as operações contra os insurgentes e o primeiro-ministro, Nawaz Sharif, suspendeu a moratória vigente desde 2008 sobre a pena de morte. Desde então, cerca de 20 pessoas já foram executadas.